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terça-feira, 7 de junho de 2011

Pouco Amor não é Amor


Tenho um fraco pelo que me faz transceder de alguma forma, seja o sobrenatural ou a leitura de um livro ou qualquer outra maneira.
Muitas vezes consigo isso ao lado de alguém ou escutando uma música, e é assim que me sinto ao escutar Glory Box, de Portishead. Essa música me faz lembrar a Cibele Dorsa e a sua triste história.
Linda, rica e famosa e um fim trágico, primeiro o namorado se joga da janela do apartamente e depois ela.
Fico a imaginar o que leva duas pessoas tão bonitas a fazerem o que fizeram, nada poderia justificar a atitude de ambos, mas o amor envolvido faz-me transceder de alguma forma, sinto o amor nas fotos, relatos e no medo que a tragédia nos traz.
Lembro mais uma vez do Nelson Rodrigues - “O amor é eterno e, se acaba, não era amor. Quem nunca sonhou morrer com o ser amado, nunca amou ou não sabe o que é o amor. Pouco amor não é amor”, somente com essa frase explica o caso Cibele Dorsa/Gilberto Scarpa e perdoamos e torcemos para que ambos estejam na eternidade juntos.
Estamos próximos dos dias dos namorados e uma nostalgia da primeira paixão, do primeiro encontro, do primeiro beijo, por fim, me faz recuar e ver como foi bom passar por toda insegurança da falta de experiência e hoje de uma forma ou outra poder transceder ao ver um caso de amor, mesmo que seja uma tragédia, ouvir uma música ou ler um livro e ver que tudo é efemero e o que fica em nós é a sensação que temos das coisas, e essa sensação nos faz transceder em outros momentos.
Nunca fui um romântico inveterado, simplismente sou a favor e gosto do amor, do puro amor, amor sem definições, amplo e irrestrito, tem que ser eterno.

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