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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Meu irmão e o Realejo


No final dos anos 90, 1998 para ser mais exato, convidei meu irmão a pular de body jump no ginásio do Ibirapuera, onde uma companhia estava apresentando esse divertimento, não recordo qual de nós dois foi o primeiro a pular, só recordo que ele queria pular novamente, no que recusei de pronto, pois tinha que ir ver uma peça de teatro.
A peça em questão era “Gata em teto de zinco Quente”, do Tennessee Willians e tendo a Vera Fischer como Maggie – a gata. Já conhecia a história, tinha visto o filme com Elizabeth Taylor.
Entre pular e ver a peça, meu caro irmão caçula foi minha companhia até o teatro, no caminho encontrei um homem de realejo, aquele com o periquito que tira a sorte, e como não gosto nada disso fui logo tirando a minha.
Por pura educação ofereci ao meu irmão que tirasse a dele que eu iria pagar. Foi uma péssima ideia, ele quase me engoliu vivo, me olhou como se estivesse apontando uma arma para cabeça dele e rispidamente recusou com um NÃO, cheio de exclamações.
Respeitei, afinal de contas, ele sendo evangélico seria natural não acreditar em sorte ou azar.
Passado mais de uma década, aproximadamente 12 anos, aquele garoto está completamente mudado, hoje não freqüenta igreja e acredita em leitura de mão.
Conheceu uma mulher que lê mão e passou acreditar nisso, na época só era evangélico por causa de rabo de saia também, toda vez que gosta de uma mulher muda completamente.
Somos diferentes em muitos aspectos e esse é um deles, sempre gostei da sorte e do azar, e nada disso é importante, gosto como um ato de curiosidade.
Toda vez que posso vejo a sorte nas cartas, geralmente faço quando estou precisando da opinião de uma pessoa alheia a minha vida pessoal, sei que há trambiqueiros, mas são esses os melhores, sempre mentem para nos conquistar e quem sabe não sejam tão trambiqueiros assim e podem adivinhar o futuro.
Outras formas de sorte, como jogar búzios me atrai pela parte visual do jogo, acho de uma beleza quem joga e a maneira como mexem com os búzios, tudo é surrealista, me lembrando uma cena do filme “Quando o Carnaval Chegar”, onde a cantora Maria Bethânia joga a sorte nos búzios e ouve atentamente os conselhos da velha senhora.
Não creio que possa ser errado ouvir conselhos de uma pessoa, não é tudo que ouço que vou acreditar e também não mudo de opinião só pelo rabo de saia do momento.

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