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quarta-feira, 14 de abril de 2010

O QUE VOCÊ DIZ É VERDADE?


Gostaria realmente de saber quem é idiota o suficiente de ser réu confesso nos dias atuais?
Creio que somente os muito idiotas, ou se for inegavelmente inegável, mesmo assim negar é o caminho mais seguro, por exemplo os Nardoni, se eles confessam o crime será sujeito a pena que cabe, mas ao contrário vai recorrer sempre negando a autoria, nisto vai conquistando os à favor e os contras, ou seja, a dúvida é uma das melhores coisas que existe.
Livros, filmes, contos se baseiam nisso, que o diga o velho e bom Machado de Assis, assim nasceu o grande clássico da literatura “Dom Casmurro”, que é permeado pela dúvida do início ao fim e é cantado e prosado mais de 100 anos depois de sua publicação.
Um conto do Machado de Assis, “Suje-se gordo”, além da dúvida fala a respeito de negar até o fim, outro escritor brasileiro Nelson Rodrigues dizia que o 'homem até de cuecas, ainda tem uma explicação”, ou seja, negar gera dúvida, e assim gera impunidade.
Não escrevo isso para provar que conheço os autores brasileiros e tão pouco que estou à par dos noticiários atuais, nada disso, o fato é que aconteceu um fato pitoresco no local de trabalho,uma falsificação aparentemente sem importância, mas que por trás existia um contrato. Começou caça as bruxas, não preciso nem dizer que a situação ficou tensa e muito menos que a ética foi jogada pela janela. Em busca da verdade foi utilizado o terror psicológico, qual trabalhador não tem medo de ficar desempregado, sutilmente foi sugerido a delação, e como nenhuma dessas artimanhas psicológicas surgiram efeitos foi apelado para auto-delação, também não surtiu efeito. Nada adiantou prometer que nada iria acontecer, pois com certeza a falsificação teria uma explicação plausível ou no mínimo inocente, e tudo seria resolvendo apesar do mal que havia causado, serviria de lição para evitar erros futuros(?).
Não acredito em nada disso, como alguém que não teve um mínimo de pudor para falsificar, seja lá qual for o motivo, vai ter consciência em se auto delatar, só porque outras pessoas sairiam prejudicadas?, pouco provável.
E além do mais, cedo ou mais tarde será demitida, e antes o respeito dos colegas deixaria de existir, e qualquer erro seria o primeiro a ser apontado, sem contar que qualquer promoção seria preterido, ou seja sua permanência no local de trabalho seria inviável.
O que mais me espanta é ainda terem pessoas que acreditam na inocência e bom caráter alheio, pelo visto não tem o habito da leitura e não conhece uma frase do Machado de Assis “Mais forte que o amor materno, é o amor próprio”.

domingo, 4 de abril de 2010

OFENSAS AO DIZERES


Poucas coisas me ofendem, e isso sempre foi assim, quando criança não era diferente.
Algumas delas são a mentira e a falta de educação, de respeito, etc.
Parece velho chavão escrever isso, todos concordam de uma forma ou outra.
Não acho que a mentira seja um grande mal, todos de uma forma ou outra já mentiu, mas o ruim é quando ela vem acompanhada de falta de respeito, educação, …
No dia a dia, sempre presto atenção como as pessoas ficam ofendidas quando a realidade é dita, geralmente tem-se que suavizar a realidade com uma mentira confortadora, como se isso fosse menos doloroso aceitar a vida como ela é.
A realidade não me ofende um milimetro, até gosto de pessoas com senso de realismo aguçado, mas gosto muito mais dos que tem educação o suficiente para ter discrição e não fazer desse realismo algo intragável, devemos sempre lembrar que o remédio faz bem a saúde, mas teu gosto é amargo, então pra que despejar o vidro inteiro goela abaixo das pessoas, não seria mais saudável dar em doses.
Vejo todos os dias pessoas em busca da Terra do Nunca, desejando esconder os problemas em baixo do tapete, e não conseguindo começam a apontar defeitos alheios, como se dessa forma fosse possível extirpar ou atenuar os próprios problemas.
Ledo engano, nada pode ser pior que cuidar da vida alheia, geralmente quem faz isso deixa de cuidar da própria vida, e o que estava ruim vai piorar.
Sou tido como esquisito, doido, metido a besta, arrogante ou no melhor dos comentário, 'antes de conhecer você achava que você era diferente'. Mas diferente em quê?
Não entendo a colocação das pessoas, o único motivo de ser diferente é que geralmente não participo de algo que não me interessa, tenho outros interesses, leio,escrevo, vejo filmes entre outras coisas. Diga-se de passagem que muitos acham intediante.
Gosto de estar só, numa meditação descompromissada, não tenho a necessidade de estar rodeado o tempo todo para ser feliz, ficando só evito ouvir e dizer o que não convém, não que meu estilo de vida seja baseado em medo de ser inconviniente. Como já disse, dizer ou ouvir a realidade não me ofende, o que ofende é como ela é dita.
A diversas maneiras de dizer algo a alguém, olhar, gestos, palavras, silêncio e muitas dessas ofendem e para evitar ofensas desnecessários fico onde serei respeitado e onde o que é real está por todos os lados: minha família, um lugar onde a mentira felizmente e fraca, a realidade forte e a educação o sinalizador da boa convivencia.

ALÉM TÚMULO


Chico Xavier é um personagem singular no mundo religioso, mesmo tendo passado alguns anos de sua morte, ainda consegue despertar o interesse das pessoas. Com o filme do diretor Daniel Filho, uma ótima adaptação, com excelentes atores, o filme mostrou que é possível fazer uma obra de qualidade com parcos recursos. Filmes de época sempre é difícil, reconstituir um período não é coisa fácil, e o diretor fez bonito.
Uma coisa me chamou atenção, ao terminar o filme uma coisa inédita, que nunca tinha visto nesses anos de ida aos cinemas, principalmente quando o filme é brasileiro, o público ficou até o fim e em silêncio, saiu do cinema como se estivesse saído de uma sessão espírita presidida pelo próprio Chico Xavier, foi bonito de ver o respeito que o Francisco Cândido Xavier desperta nas pessoas, mesmo tendo desencarnado há alguns anos.
Daniel Filho sempre soube que um filme sobre Chico Xavier seria um tiro de bilheteria, pois o Brasil é o país mais adepto ao Kardecismo, isso é evidente na quantidade de livros espíritas que é lançado e vendido, Zíbia Gasparetto é um fenômeno de vendas.
Bezerra de Menezes – Diário de um Espírita, foi um filme modesto, teve boa bilheteria, a velha e famosa “boca-à-boca”, conseguiu atrair o público para ver o filme nos cinemas. Antes o filme Joelma, 23° Andar, de 1979, foi bem recebido pelo público do Sudeste brasileiro, uma adaptação do livro “Somos Seis”, de Chico Xavier e é considerado o primeiro filme espírita do mundo, claro que Hollywood fez filmes onde havia espíritos, tais como Topper – Um Casal do Outro Mundo, Um Espírito Baixou em Mim, mas um filme baseado em psicografia foi o primeiro.
Em breve será lançado uma nova psicografia do Chico Xavier, clássico “Nosso Lar”, um campeão de vendagem, que li e gostei muito.
Independente do cunho religioso, o que vale é a mensagem de 'paz e amor', como sempre proclamou Chico Xavier e são filmes que não ofendem a inteligência e moral de ninguém, pode não se acreditar nos dogmas religioso, mas ficar indiferente a bandeira branca levantada em dias difíceis, seria compactuar com a falta de amor e o fanatismo cego e sem sentido.