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domingo, 4 de abril de 2010

ALÉM TÚMULO


Chico Xavier é um personagem singular no mundo religioso, mesmo tendo passado alguns anos de sua morte, ainda consegue despertar o interesse das pessoas. Com o filme do diretor Daniel Filho, uma ótima adaptação, com excelentes atores, o filme mostrou que é possível fazer uma obra de qualidade com parcos recursos. Filmes de época sempre é difícil, reconstituir um período não é coisa fácil, e o diretor fez bonito.
Uma coisa me chamou atenção, ao terminar o filme uma coisa inédita, que nunca tinha visto nesses anos de ida aos cinemas, principalmente quando o filme é brasileiro, o público ficou até o fim e em silêncio, saiu do cinema como se estivesse saído de uma sessão espírita presidida pelo próprio Chico Xavier, foi bonito de ver o respeito que o Francisco Cândido Xavier desperta nas pessoas, mesmo tendo desencarnado há alguns anos.
Daniel Filho sempre soube que um filme sobre Chico Xavier seria um tiro de bilheteria, pois o Brasil é o país mais adepto ao Kardecismo, isso é evidente na quantidade de livros espíritas que é lançado e vendido, Zíbia Gasparetto é um fenômeno de vendas.
Bezerra de Menezes – Diário de um Espírita, foi um filme modesto, teve boa bilheteria, a velha e famosa “boca-à-boca”, conseguiu atrair o público para ver o filme nos cinemas. Antes o filme Joelma, 23° Andar, de 1979, foi bem recebido pelo público do Sudeste brasileiro, uma adaptação do livro “Somos Seis”, de Chico Xavier e é considerado o primeiro filme espírita do mundo, claro que Hollywood fez filmes onde havia espíritos, tais como Topper – Um Casal do Outro Mundo, Um Espírito Baixou em Mim, mas um filme baseado em psicografia foi o primeiro.
Em breve será lançado uma nova psicografia do Chico Xavier, clássico “Nosso Lar”, um campeão de vendagem, que li e gostei muito.
Independente do cunho religioso, o que vale é a mensagem de 'paz e amor', como sempre proclamou Chico Xavier e são filmes que não ofendem a inteligência e moral de ninguém, pode não se acreditar nos dogmas religioso, mas ficar indiferente a bandeira branca levantada em dias difíceis, seria compactuar com a falta de amor e o fanatismo cego e sem sentido.

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