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quarta-feira, 29 de outubro de 2008


"Eu me pergunto por quê, quando "amamos" alguém, vamos lhe tirando a capacidade de criar, de agir, de sonhar. Será possível que exista em nós um desejpo de fazer quem nos ama deixar de viver? E é bem assim: quem ama tem que se dar por inteiro!
Tiramos a vida de quem está ao nosso lado, claro que tiramos!
Eu não permito a quem "amo" nada que não seja em função do que eu quero: quero você ao meu lado, quero que você não fale com quem ou de quem eu não conheça, quero que você não vá que desconheço, que não beije seus amigos e que nunca mais vá para cama a não ser comigo!
Ame somente a mim, que já terei sua vida, já te guardei na minha redoma onde te vejo sempre!

(José Ângelo Gaiarsa)

Eu


"Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, ui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes! Já choreiouvindo música e vendo fotos, já liguei só pra escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo) mas vivi! E ainda vivo! não passo pela vida... e você também não deveria passar! Viva!!! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante.

(Sir Charlie Chaplin)




"L'amour est éternel tant qu'il dure"


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreenções e períodos de crises. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito de sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é nãoter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
(Fernando Pessoa)

Preciso de Alguém


Que olhe nos olhos quando falo.
Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.
E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos.
Preciso de Alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado: Alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso.
Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia, nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: - A AMIZADE.
Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.
Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida.
Mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades.
Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que nomeiuo da tempestade, grite em coro comigo:
"Nós ainda vamos rir muito disso tudo" e ria muito.
Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher meu Amigo.
E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela...
(Sir Charlie Chaplin)
"Sinto que viver é inevitável. Posso na primavera ficar horas sentada fumando, apenas sendo. Ser às vezes sangra, pois é no sangue que sinto a primavera. Dói. A primavera me dá coisas. Dá do que viver. E sinto que na primavera é que vou morrer. De amor pungente e coração enfraquecido."
(Clarice Lispector)
"Não eram precisas palavras para entendermos o essêncial:
que tudo é uma breve passagem e que não há outra eternidade senão a da solidão partilhada.
Ou no amor, ou na camaradagem das grandes batalhas, ou no silêncio de uma sala entre um leitor e um cão. Talvez estivéssemos a ficar parecidos e até nos imitássemos um ao outro".
(Manuel Alegre, poeta português, do livro Cão como Nós)


Este é o meu chinchila resmunguento, cheio de dramas, mas um companheirão, vale por mil pessoas, muito levado, adora fazer bagunça, roer as capas dos meus livros, cds e tudo que estiver ao seu alcance. Como sempre fico morrendo de raiva, mas a sua canalhice abranda minha cólera e aí fico um babão pela sua travessura. Ele é meu grande amigão atual, espero que um dia que eu tiver um filho seja da mesma maneira ou melhor. Enquanto isso fico delirando com a sua peraltice.

Hervè Guibert


Como tudo na vida, adoro uma literatura densa, que vai fundo e nos ensina o lado complexo, os textos do francês Hervè Guibert me seduziu pela sua maneira crua de escrever e expor o lado negro da vida sem rodeios e dó, principalmente sendo portador do vírus HIV numa época de plena escuridão da doença, hoje podemos contar com muitas informações e vários remédios, chegando até considerar a Aids como uma doença crônica, mas na época de seus textos a realidade era outra. Nessa época eu era criança e acompanhava jornais, e na escola que estudava tinha sempre que fazer trabalho a este respeito, por isso tenho uma admiração pelos seus textos, por ver a realidade quase de perto, a falta de recursos e preconceitos de uma época. Machado de Assis escreveu uma frase que na minissérie global "O Portador" do inicio da década de noventa foi ao ar, muito bonita: "Você me dirá que é a morte, e eu te direi que sou a vida", mesmo que Hervè Guibert não tenha sobrevivido a cura do mal, mas seus textos estão aí, para ser lido e relidos, nunca morrerá, realmente ele é a vida. O da foto não é ele, sou eu, tirei a assim para homenageá-lo. Fora os textos dele sou apaixonado por outro ícone de textos profundos a "nossa" Clarice Lispector.