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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Hervè Guibert


Como tudo na vida, adoro uma literatura densa, que vai fundo e nos ensina o lado complexo, os textos do francês Hervè Guibert me seduziu pela sua maneira crua de escrever e expor o lado negro da vida sem rodeios e dó, principalmente sendo portador do vírus HIV numa época de plena escuridão da doença, hoje podemos contar com muitas informações e vários remédios, chegando até considerar a Aids como uma doença crônica, mas na época de seus textos a realidade era outra. Nessa época eu era criança e acompanhava jornais, e na escola que estudava tinha sempre que fazer trabalho a este respeito, por isso tenho uma admiração pelos seus textos, por ver a realidade quase de perto, a falta de recursos e preconceitos de uma época. Machado de Assis escreveu uma frase que na minissérie global "O Portador" do inicio da década de noventa foi ao ar, muito bonita: "Você me dirá que é a morte, e eu te direi que sou a vida", mesmo que Hervè Guibert não tenha sobrevivido a cura do mal, mas seus textos estão aí, para ser lido e relidos, nunca morrerá, realmente ele é a vida. O da foto não é ele, sou eu, tirei a assim para homenageá-lo. Fora os textos dele sou apaixonado por outro ícone de textos profundos a "nossa" Clarice Lispector.

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