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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Nada diferente


Entra ano e sai ano e as tragédias continuam as mesmas, nada difere, mais ou menos mortes.
Não lembro de nenhum verão onde não há mortes por causa das chuvas, todos anos é o mesmo drama, mas logo o resto ano faz nós mortais que não passamos por tais apuros a esquecer a tragédia alheia. Sempre vai aparecer na mídia algum escandâlo político, crime que monopoliza a atenção de todos e por aí assim. Nada diferente.
Dezembro último os ataques ao Rio de Janeiro, por traficantes do morro do alemão, virou notícia em todos os meios de comunicação. E para espanto de alguns paulistas passei o Natal e meu aniversário no Rio de Janeiro. Achei a cidade menos alegre do que outras vezes que lá estive, mas ainda assim é uma cidade maravilhosa, cada rua, esquina que andava lembrava de alguma coisa, que me fazia rir sozinho, feito um maluco. Na avenida Nossa Senhora de Copacabana, lembrei-me do texto da Clarice Lispector, "Perdoando Deus", na rua Nascimento Silva, caminhei até chegar ao número 107, enfim fiz um passeio romantico pelo Rio, sem me importar com o quanto mal falado ficou na guerra dos traficantes com a polícia.
Voltei para casa radiante de tanta felicidade, andar despreocupado em uma cidade que tenho verdadeiro amor me renovou as energias. Mas como sempre não cumpri minha eterna promessa que faço toda vez que vou ao Rio, conhecer o cemitério São João Batista, meio mórbido até, mas que arte tumular me fascina, e este cemitério tem uma quantidades de personagens representativos para história brasileira e carioca.