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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

E as Chuvas Chegaram

Hoje ao acordar ao som do despertador, notei que o tempo havia parado e que poderia ficar mais tempo deitado apenas sentindo minha respiração e meu corpo sorumbático.
Levantei a duras penas e desliguei os despertadores que insistiam em berrar minhas obrigações matinais, aproveitei e tirei o relógio da parede, uma vez que estava parado não iria resolver muita coisa, nem para enganar esse pobre ser macambúzio que escreve essas linhas deitado novamente em sua cama de casal, sozinho.
Trabalhei normalmente, cumpri todas minhas obrigações e fim de expediente, retornei para casa e eis me aqui, mas antes disto coisas terríveis aconteceram e sobrevivi para contar.
Vindo eu para meu santo lar como todos os dias, utilizo o transporte público que para variar estava extremamente lotado e para piorar o quadro todas as janelas fechadas devido à chuva que resolveu castigar a zona sul de São Paulo. Ao descer no ponto próximo a minha residência fico todo encharcado, mas respirando ainda.
Ao entrar em casa dispo minha roupa molhada e acondiciono com todo carinho no chão do quarto mesmo, ao som de palavras carinhosas, todas mais do que sabida por qualquer brasileiro mediano com raiva. Recolho e coloco no sexto de roupa suja.
Ligo a televisão e deixo em um programa jornalístico mundo-cão, onde só passa desgraça e vejo o repórter Luiz Bacci apresentar as notícias mais escabrosas com sua maneira habitual, péssimo.
Uma dessas reportagens me chama atenção, uma lotação no meio de uma enchente e pessoas tentando evadir pelas janelas. Uma cena totalmente surreal.
O que prendeu minha atenção não foi à inundação ou pessoas ilhadas, nada disso, todo ano é essa mesma coisa, virou lugar comum, todo inicio de ano tem enchentes, desmoronamentos e tudo que não presta e este ano promete mais ainda – A Copa do Mundo. Mas voltando ao assunto, o que mais me chamou atenção foi que a lotação tinha inscrição de Cidade Júlia e que o bairro que estava alagado é próximo de casa.

Agora que descrevi o meu dia do acordar ao estar novamente em minha cama de casal sozinho o que de tão terrificante ocorreu que merecia perder tempo em ficar escrevendo? Nada, afinal tudo o que está acontecendo ocorre ano após ano no mesmo período e eu inclusive já escrevi crônicas nessa mesma época do ano relatando chuvas de verão que causa estrago, dessa vez só estou fazendo isso para registrar mais uma vez o que todos já sabem. E dormir sozinho também não é nenhuma novidade, faço isso tão bem desde que nasci, só que com essas noites quentes de verão está muito difícil de suportar.

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