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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Saúde Negligenciada

Chuvas, pontos de alagamentos, sala de aula com poucos alunos e professora presa no transito. Quarenta minutos antes de terminar a aula a professora chega esbaforida justifica o atraso e inicia a aula e o melhor não foi durante a aula, um monologo se inicia e não parece terem mais fim, os alunos com cara de sono e sabendo que a próxima aula não haverá então todos estão com pressa de que a aula termine e enfim possa de alguma maneira aproveitar o resto da sexta-feira.
No tempo de espera os alunos que estavam ficaram conversando algumas nulidades como danceteria, alguns casos da própria faculdade e assuntos relacionados com o curso de farmácia.
Um desses assuntos foi parte da aula de Química Farmacêutica, as doenças tropicais que são negligenciadas pela indústria farmacêutica, que não gera grandes lucros. O assunto começou como outros tantos e quando menos percebemos já estávamos discutindo a responsabilidade de novos fármacos para resolver esse problema que há mais de vinte anos não tem investimento e é uma realidade de muitas pessoas.
Malária, Chagas, são exemplos de doença tropical negligenciada e que há muito não tem investimento, alguns alunos concordaram coma indústria já que devem ter investimento em fármacos que atinge a grande maioria e não em uma pequena população. Eu fui um dos contra, acredito que a saúde é o bem mais precioso que devemos preservar. Todos nós de uma forma ou outra estamos sujeitos a adquirir malária, chagas ou outra doença negligenciada.
Infelizmente ninguém tem realmente grande interesse em mudar essa situação, deveria ter uma parte dos lucros da indústria farmacêutica destinada para esse fim, à política de países como o Brasil deveria exigir que uma porcentagem da venda de medicamento fosse revestida para sanar ou amenizar esse mal. A indústria não estaria fazendo favor nenhum e o investimento seria retornado para ela assim que novos fármacos fossem liberados para tratamento.
A culpa não é da indústria e sim do Poder Público que deveria criar leis que visassem à proteção desse grupo de pessoas que correm o risco de adquirir estas doenças.
Países e continentes que sofrem pelo mesmo mal deveriam se unir e exigir investimento da indústria farmacêutica para o combate ou controle dessas doenças. O que falta é boa vontade para cobrar uma postura em prol da cura de doenças que não rendem muito dinheiro como as indústrias gostariam.

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