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domingo, 3 de janeiro de 2010

O MÁGICO DE OZ NÃO CUMPRE LEIS


Vendo ao filme ‘O Mágico de Oz’, em família, sempre surgem comentários engraçados. O filme é um clássico na maneira mais correta da palavra, em todos os sentidos.

Infelizmente se tornou um filme datado, não pelas imagens, que são de um futurismo brilhante. O que o transforma em um filme datado é a quantidade de ingenuidade contida nele, qualquer pessoa atenta vê várias atrocidades cometida do inicio ao fim do filme.

Uma garota, supostamente órfã, que é criada por um casal de tios velhos, aí entra o que conhecemos como ‘o netinho criado pela vovó’ – mimado, uma educação frouxa, isso se explica logo no inicio do filme quando a garotinha Dorothy entra assustada por que a vizinha velha e solteirona reclama por o cachorrinho Totó invade a sua propriedade, quando a vizinha vai reclamar os direitos a que a ela concerne, vemos uma falta de respeito, começando pelo Tio que debocha da vizinha, da Tia que tem vontade de falar 'certas coisas', mas como boa Cristã não pode, e da total falta de respeito da Dorothy.

Se achando injustiçada Dorothy resolve fugir, pouco se importando com ninguém, um ato de extremo egoísmo, encontra um charlatão, que é bom caráter, só em filme mesmo.

Como um tufão se aproxima, todos da fazenda se abrigam, mesmo preocupado com o sumiço da garota, entram no abrigo e dane-se a pobre Dorothy.

Aí, começa a parte mágica da história, o desejo mais íntimo da Dorothy vem à tona, ou seja, de matar a vizinha rabugenta, que no mundo de Oz é representada pela Bruxa. Dorothy provoca o acidente que leva a óbito a Bruxa má do Leste, um crime culposo, onde não se tem intenção de cometer o ato. Na terra mágica ela é glorificada por cometer tal ato, independente se a Bruxa é má ou não, não podemos glorificar um ato extremo desses.

Dorothy impressionada vê aparecer a Fada do Bem, que de bem não tem nada, está mais pra Sa-Fada, explico:

Ao matar a Bruxa, a irmã ‘mais malvada’ como futrica a Fada Boa, reclama pelo ocorrido, e vai pegar os sapatinhos vermelho, que por direito é dela, já que a Bruxa morta não deixa herdeiros direto, mas nessa hora a Fada Boa furta o sapatinho e coloca no pé da Dorothy.

Além de fazer terror psicológico, roubo, formação de quadrilha e corrupção de menores, isto tudo em uma cena.

A Bruxa malvada luta o tempo todo pelo que é de direito dela. No final do filme a Bruxa tem sua moradia invadida por um bando, constituindo em invasão de propriedade, e é assassinada pela doce e inocente Dorothy, novamente utro culposo, mas nesse caso demos um desconto já que ela agiu em legitíma defesa de um amigo. Dorothy virou definitivamente uma assassina!

Como se vê os Bons e os Maus usa do mesmo artifício, a diferença é que a Bruxa é orgulhosa, a Fada é Vaidosa, ambas usa do mesmo expediente para obter aquilo que quer, mentira, manipulação, falta de escrúpulo, e sigilo de informação.

Se a Dorothy fosse cria dos tempos modernos iria analisar tudo isso, ao invés de sair feito uma boba pela estrada de tijolos amarelos iria negociar, quem iria fazê-la voltar para casa teria o sapatinho vermelho, nada mais justo. Devemos abrir licitação para obter algo a preços justos e condições vantajosas. Mas Dorothy sofre de um grande mal, o Deslumbramento, mal de todas as pessoas simplórias.

Passou-se 70 anos do lançamento do filme, e muitas coisas de lá pra cá não mudaram, existem os Vaidosos, os Orgulhosos e os Deslumbrados.

A Bruxa tem orgulho pela inteligência e maldade; a Fada é pura vaidade, vive de aparências, isso fica evidente quando ela explica a Dorothy que existe Bruxa Boa e Bruxa Má, as Boas são bonitas diferentes das Más. Já a Dorothy do inicio ao fim do filme não passa de uma garotinha deslumbrada, que acredita em tudo, que tem a ilusão que o mundo é como ela gostaria que fosse.

Ao assistir ao filme fiquem atentos com a quantidade de abusos as leis, e depois imaginem como seria o filme respeitando as leis, e bom divertimento!

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