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domingo, 8 de maio de 2016

A paixão da vida... II

Ao ler a "A Riqueza da Vida - Memórias de um Banqueiro Boêmio"(2006), de Armando Conde, faço uma viagem no tempo e volto ao tempo da escola, relembro de velhas paixões, além da gênese do meu peculiar gosto pelas artes e história. 
A responsável pelo meu eterno interesse pela história e seus personagens foi a professora Ana Maria Zacarelli de Andrade, excelente professora, que imprimia nos alunos a paixão pelo saber. Isso em uma escola pública de periferia que sabia das dificuldades enfrentadas pelos seus alunos para estar ali. Nada disso impedia essa professora de ministrar uma aula de qualidade, deixando muitas vezes a programação de ensino preconizado pelos ditames impostos e nos fazer ter olhar crítico da história e atualidade.
Em 1994, ano em que comecei a trabalhar tive que mudar de turma e estudar à noite, sendo outra professora que ministrou as aulas de história, algo engessado para dizer o mínimo de tão maçante, éramos obrigados a ler parágrafos e mais parágrafos e decorar para fazer as provas e nada mais. 
Justamente no ano em que aprenderíamos sobre a história do Brasil à partir do Golpe Militar de 1964, A outra professora não seguiu a programação, omitindo essa parte da história e quando o fazia era sempre dizendo o lado negativo de um governo militarista e nada mais.
Como a professora Ana Maria havia nos ensinados a não acreditar em tudo que é oficialmente ensinado, procurei ler matérias a respeito do assunto.
Li muitas coisas e o que impera é sempre a barbárie dos "porões da ditadura", mas como dizia Marques Rabelo: - 'Quem fala dela, passou por ela, tem portanto todo o empenho em desacreditá-la, em mostrar-se vítima'. Não que existe só inocentes ou só culpados, cada um deve procurar o que melhor lhe convém e é preciso atentar nas extremas sutilezas da vida.
Lendo o livro do banqueiro Armando Conde nos revela outra visão desse período, não aquele que é comumente dito em verso e prosa por todos. 
Problemas de toda ordem existia, também existia a vontade de um Brasil forte e coeso, organizado, e unido, tanto que o governo através de incentivo fiscal e grandes projetos tentaram modernizar o Brasil. Não vivi nesse período e o que sei é a respeito de leituras e mais uma vez volto a citar o Marques Rabelo; 'verá a pimenta que usam e a capacidade de seu rabo', então tudo isso é favas contadas e o que podemos aprender e não cometermos os mesmos erros do passado.
Livros assim dão a tônica verdadeira da história e seus personagens e não a história oficiosa que estamos acostumados. 
A cada capítulo fico impressionado com o autor, de forma desprendida vai tecendo sua história verdadeira, que chega a ser politicamente incorreta para os padrões atuais, mas a esse respeito cito o jornalista Apparício Torelly, o Barão de Itararé: 'Este mundo é redondo, mas está ficando chato'.

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