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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Vanja Orico, Odete Lara e Maria Della Costa


A memória não consegue recordar onde foi que li ou ouvi que “morre o homem e fica a obra”, e esse ano começou com três mortes de personalidade das artes que admirava muito, Maria Della Costa, Vanja Orico e Odete Lara.

No caso da Maria Della Costa falecida no dia 24 de janeiro aos 89 anos vítima de edema pulmonar agudo gostava especialmente pela atuação no filme ‘Moral em Concordata’ de ano de 1959, sob direção do Fernando de Barros baseado na peça homônima do Abílio Pereira de Almeida. Sua interpretação e beleza nesse filme foi de surpreender.

Vanja Orico conheci desde um dia do longínquo ano de 1992 quando vi o filme ‘O Cangaceiro’ de 1953, direção do lendário Lima Barreto. Esse filme foi a porta de entrada para a paixão pelo cinema brasileiro. Desde então assisti vários filmes brasileiros, li livros, revistas, me interessei pelos seus personagens, passei a frequentar a Cinemateca, Museu da Imagem e Som, Centros Culturais, etc. Tive o prazer de conhecer alguns desses personagens de perto, tais como Mário Audrá, produtor e criador da Cinematográfica Maristela, Carlos Coimbra diretor de cinema, a atriz Vera Nunes e tantos outros inclusive a atriz e cantora Vanja Orico. O encontro ocorreu no ano de 1996 quando ocorreu o lançamento do CD Vanja Orico com participação especial do Quinteto Violado. Junto ao lançamento o MIS-SP fez uma homenagem expondo fotos, revistas e apresentando os filmes que a atriz trabalhou.  Assistir ao filme ‘O Cangaceiro’ na tela grande e com a atriz principal na plateia foi algo único. Mas a surpresa maior não foi essa aconteceu quando apresentaram o filme do diretor Carlos Coimbra ‘Independência ou Morte’, que ao assistir no telão senti um cheiro bom ao virar era a atriz que estava atrás de mim em pé sorrindo. Durante o intervalo conversamos e ela ficou impressionada que eu sendo tão jovem gostava de filmes antigos.

Praticamente na mesma semana indo para o curso de pós-graduação de farmácia clínica, vi na televisão que há no metrô que a estrela Odete Lara falecera aos 85 anos, vítima de infarto quando dormia. Cheguei não acreditar no que lia, liguei meu aparelho celular e acessei a internet em busca de notícias e estava lá a notícia da morte da grande atriz. Recordei de seus filmes e suas biografias. Li os quatros livros em que conta a sua vida, ‘Eu Nua’, ‘Minha Jornada Interior’, ‘Meus Passos em Busca da Paz’ e 'Vazios e Plenitudes- Reflexões e Memórias' e senti um certo aperto no peito como se perdesse uma amiga de longa data.

Felizmente a obra dessas grandes atrizes ficaram para a posteridade para aqueles como eu gosta de ver e rever trabalhos que independente do tempo e espaço continua a admirar pela qualidade de suas interpretes e demais qualidade.

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