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domingo, 16 de junho de 2013

Dias de Tristezas - Crimes contra a Vida

Algumas semanas atrás estava  envolvido com vídeos do site Youtube, olhava um e dava risada e passava para o próximo em busca de diversão e por um motivo qualquer assisti um vídeo que falava de crimes ocorrido na década de oitenta em São Paulo e em outro vídeo o assassino narrava friamente como havia matado um médico. Já ouvira falar do caso que ficou conhecido como o “Maníaco do Trianon”.
O vídeo que assisti dava para perceber que não era uma produção brasileira, a maneira dos atores difere bastante de uma produção nacional, mas fiquei interessado pela história e vendo o que estava sendo apresentado se baseava em um livro “Dias de Ira – Uma História Verídica de Assassinatos Autorizados”, de Roldão Arruda, eu tratei logo de procurar o livro, nas livrarias aparecia como esgotado na distribuidora, então parti para os Sebos, que vende livros usados. Pesquisei primeiro pela internet, no site “estante virtual”, fui a alguns Sebos que constava ter o livro e nada. Até que encontrei em uma na Zona Oeste da cidade.
Comecei a leitura quando retornava para casa, não desgrudei do livro um sequer minuto, queria saber tudo, como aconteceu, o laudo médico, pericial, o lado psicológico do assassino, tudo que pudesse descobrir.
Conforme a leitura foi-se adiantando vi que nenhuma dessas respostas seria plenamente respondida, o livro torna-se vago em muitos aspectos, não temos certeza de mais nada. O autor fez um trabalho espetacular, buscou informações em tudo que foi possível e mesmo assim não conseguiu fazer uma obra definitiva. Mesmo quando narra o encontro que teve com o Fortunato Botton Neto não consegue elucidar a personalidade ou os crimes, ficando reticências no ar.
Terminei de ler o livro com a mesma certeza que tinha antes. Não matou minha curiosidade, o autor fez algo melhor, fez com que recuasse no tempo e vislumbrasse uma época que deveria ter morrido, ter virado história e que infelizmente ainda arde como brasa nos dias atuais.
O livro é uma aula de sociologia, explica como foi à década de oitenta para um grupo que ainda vive na clandestinidade apesar da visualização que tal grupo tem hoje, mesmo assim muitos ainda são vítimas de crimes de ódio ou outros crimes já que uma parcela prefere viver no anonimato da sua vida particular para evitar preconceitos e estereótipos.
Recomendo a leitura do livro como obra sociológica, para entendermos melhor a condição do homossexual na sociedade e o perigo que corre quando nossas atitudes em classificar de certo ou errado, como vi na televisão o pastor Silas Malafaia berrando palavras de intolerância, que dois homens ou duas mulheres não podem produzir nada, então que o casamento foi feito para homem e mulher.  Casamento foi feito para quem quer ficar juntos, simples assim.
 Antigos preconceitos que ainda faz com que o livro esteja mais atual do que nunca.


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