Desde a pré-adolescência me apaixonei por história, graças a uma professora, a Ana Maria Zacarelli de Andrade, excelente professora e muito bonita. Não era um dos melhores alunos, minhas notas não era a das melhores, ficava na média, nem mais, nem menos. Minha preocupação era não reprovar o ano letivo. Isso era um detalhe ao amor que sentia em descobrir os fatos históricos, andar pelas ruas era um fascinante passeio pela história viva, aquela que não são contadas em livros, no centro velo de São Paulo, gostava de observar os velhos casarões, as ruas de paralelepípedos, os antigos cinemas, as obras de artes, enfim tudo que estivesse aos meus olhos.
O tempo passou, os anos de garoto ficaram no passado e hoje é história que não está nos livros de história, somente em minha mente. Continuo andando pelas ruas e vejo a modernidade engolindo o passado, os casarões estão sendo demolidos para dar lugar a prédios ou pior ainda virar estacionamentos, os cinemas de rua estão todos fechados e os que resistem em ficar aberto exibem filmes para adultos, transformados em um ambiente não recomendado para ver um filme, os paralelepípedos estão cada vez mais sendo encapados pelo asfalto, que em dias de chuva são arrancados exibindo o velho e bom paralelepípedos.
Enfim, o que hoje é presente amanhã será história e de certo não fará parte de nenhum livro de história e morrerá junto com quem as viu morrerem.
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