Trabalho desde os 15 anos, já estive em diversos lugares, fazendo toda sorte de serviço. Desde esse tempo nunca passei por maus bocados como vivo hoje em dia. Não que minha vida tenha se transformado em um inferno, mas está longe de ser um paraíso na terra como muitos acreditam.
Trabalhei com público diversos, um só tipo, variava do segmento que estava. No Exército, predominantemente o contingente é masculino, segurança idem. Já no meio farmacêutico o contingente predominante é o feminino, o curso também é.
Parece o paraíso trabalhar com a maioria feminina, ledo engano, somente potencializa os defeitos e qualidades. Tudo se torna mais pessoal, cada palavra, gesto, tudo deixa de ser algo impessoal e passa a ter uma dimensão maior.
O humor é alterado a todo instante, os buchichos não cessam e cada momento há uma novidade. Não que trabalhar com a maioria masculina seja uma maravilha, também não é, acontece os mesmos problemas, só que escala menor. Existe o fofoqueiro de plantão, o dolorido, o carrasco, o estressado, tudo igualzinho, somente não é levado com tanta freqüência para o lado pessoal, e se for paciência, que vá chorar na cama que é lugar quente e macio. No caso feminino não, basta uma palavra para se ver rios de lágrimas correrem sobre uma face sofrida, como se uma violência, uma agressão com requinte de crueldade.
Para muitos deve ser o paraíso ter que agüentar o mal humor alheio, para mim não vejo prazer nenhum nisso, mal humor por mal humor já basta o meu!
Antes que me esqueça, como já dizia Nelson Rodrigues: “Tem certas mulheres que causam câncer”.
Termino com a conclusão de que trabalhar onde o contingente seja predominado por algum tipo de sexo não presta, um é menos pior que o outro, mas também não presta. O ideal é ter um público misto e alguns setores devem ser planejados a terem pessoas que levem menos em consideração o lado pessoal e sim o profissional, deixando de estressar quem evita ser estressado.
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