quarta-feira, 16 de outubro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
Quando o Universo Parou
Um dia me apaixonei de
verdade e o Universo parou de repente, somente um único movimento fazia presente, os
cabelos da Karina da Silva Gonçalves mexiam ao som do meu coração. Essa
recordação data do ano de 1991 e mudaria minha vida para sempre. O universo se
abriu e o meu pior pesadelo estava por acontecer – o amor estava em mim e não
quem era amada!
Afinal de contas o coração
dela a outro pertencia, um garoto chamado Beto, loiro, de olhos verdes, roupa e
tênis da moda e eu longe disso.
Perdoei-a por não me amar,
realmente é difícil não amar o que é belo e bom e o Beto apresentava essas
características. Segui com minha paixão até que foi esmorecendo até terminar. E
depois de tantos anos não consegui mais ver o Universo parar e somente ver um
único movimento ao som das batidas do meu coração. Já me atormentei por não
conseguir isso novamente, depois veio a desesperança, novamente a esperança e
por fim seja lá o que Deus quiser, pouco me importo se acontecer de novo ou
não. Mas pra falar a verdade gostaria sim, que o Universo parasse e fizesse
silêncio por um minuto quando alguém muito especial viesse e fizesse o mesmo que
a Karina fez décadas atrás, simplesmente surgisse como um sonho bom e realmente
fosse bom.
Quando estava apaixonado era
um tormento ficar ao lado de quem era apaixonado e ter que me contentar com a
felicidade de estar somente ao lado e ao mesmo tempo distante. Nessa época tudo
para mim era ela, todos os meus sonhos se traduzia nela e durante uma votação
para ser o líder da sala ela ganhou e me escolheram como vice, foi à felicidade
consumada, de alguma maneira estava cada vez mais perto.
Essa paixão foi somente
minha que compartilhei com todos, cada um sabia, não tinha vergonha de
mostrar-me apaixonado. Recebia críticas por amar demais, de ser esnobado, não
me importava, sonhava cada vez mais, tinha desejos que algum milagre
acontecesse e meu amor fosse retribuído.
Com o tempo vi que nada é
como gostaria que fosse e nunca mais me apaixonei e segui minha. Também não
deixei de sonhar com isso novamente, ainda tenho ímpetos de ver novamente o
Universo parar e um único movimento ao som do meu coração.
domingo, 15 de setembro de 2013
SBT em decadência
Todos os canais de sinal aberto pertencem
ao Estado e são concedidos ás emissoras o direito de utilizá-las através de
licitação. Portanto, é algo público e por direito deve prestar serviços
relevantes a população em geral.
Não tenho nada contra ao Sistema
Brasileiro de Televisão – SBT, mas, por favor, alguém do Ministério das
Comunicações casse o direito do Senhor Senor Abravanel, o Silvio Santos de
possuir este direito. Afinal de contas nada de interessante é feito na emissora
deste Senhor.
É vexatório ver tantas reprises
de programas velhos e de valor inócuo como o apresentado neste canal. O excesso
de novelas mexicanas repetidas à exaustão dá nojo.
A última peripécia dos
administradores foi reprisar uma novela que acabou de sair do ar, “Carrossel”, e
vendo que Nenhuma emissora de TV brasileira é dona do canal em que sua
programação é transmitida: todos os canais de sinal aberto pertencem ao Estado
e são concedidos (daí a palavra "concessão") temporariamente às
emissoras, através de processos de licitação. Para concorrer a uma concessão, a
empresa deve ter no mínimo 70% do capital nas mãos de acionistas brasileiros e
respeitar o limite de controle de até dez estações em todo o país, sendo no
máximo duas por estado e cinco em VHF (não entram na conta as retransmissoras).
Aí uma comissão do Ministério das Comunicações analisa sua proposta de
programação e sua condição técnica e financeira, dando pontos em diferentes
quesitos. Quem tiver a melhor média de pontos fica com a concessão, ganhando o
direito de explorar determinado canal por um período pré-definido e, ao final
dele, passa por uma nova análise. Resultado foi ridículo como tudo que andam fazendo
vão colocar uma “re-vival” do antigo programa popularesco “Aqui Agora”, para
salvar a emissora de mais um vexame.
Sem contar com as chamadas
ridículas que sempre aparece no meio da programação. É de uma pobreza gritante
o marketing desse canal, qualquer criança faz melhor, é irritante ver uma
imagem cortar o programa, além de ser desrespeitoso.
Senhor Silvio Santos o Brasil
gosta muito do Senhor e o teu canal só ainda sobrevive por esse motivo, então
faça-nos um grande favor contrate profissionais sérios e programação decentes e
contribua de maneira digna a concessão que o Senhor tem direito.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Me engana que eu Gosto...
Há muitos anos atrás, por volta
do final da década de oitenta e inicio da década de noventa em um programa humorístico
tinha um quadro que era mais ou menos assim: Um homem contratava um detetive
para investigar sua mulher. Durante o quadro o detetive ia narrando para o
marido o que a mulher deste estava fazendo com o suposto amante, era detalhado
cada cena e no final a janela do motel se fechava e o detetive não conseguia
dizer mais nada e o marido em sua eterna dúvida dizia o bordão “Oh dúvida cruel!”.
Assim são muitas pessoas,
preferem ficar na dúvida por ser conveniente e não ter que tomar qualquer
atitude, preferível é fingir que não sabe para deixar como está.
Mal começou a semana e um fato
fez-me recordar esse programa que há muito não assisto e junto com essas
lembranças outras tantas emergiram das profundezas da escuridão de uma mente
cansada.
A semana começou atribulada, graças à
reclamação de um cliente a respeito do produto que mandara produzir no local
onde trabalho, foi uma reclamação atípica, geralmente as reclamações dizem
respeito a entrega propriamente dita, as características organolépticas do
produto ou a dúvida em geral, desta vez foi diferente. A reclamação era o que
estava escrito no rótulo não condizia com a prescrição médica. Ficamos todos
sem entender nada, começou a busca por respostas satisfatórias, toda etapa de
manipulação foi avaliada desde a entrada do pedido até a dispensação.
Tudo estava correto, somente o
rótulo estava errado. A forma farmacêutica, os componentes prescritos, as
dosagens corretas e inexplicavelmente o rótulo editado de maneira estranha. E cada
pessoa que participou da fórmula em questão lança no sistema o que fez.
Com ajuda de um Técnico de
Informática, responsável pelo programa utilizado conseguiu rastrear toda
movimentação da fórmula, da entrega a dispensação e todas as etapas ficaram
registradas no sistema e para surpresa geral o nome de uma pessoa que não teria
o porquê de aparecer na lista lá estava depois da última conferência. Ficamos
sem entender nada, afinal de contas o que o nome da fulana estava na lista,
sendo que momento algum essa pessoa havia feito parte do processo. E para piorar a situação o processo que
apareceu o nome dessa pessoa foi justamente na edição de rótulo.
Depois desse achado começou o
ponto mais dramático, indagada a fulana o porquê o nome figurava na lista, ela
simplesmente olhou a Ordem de Manipulação e disse com tom sarcástico que não
foi ela que havia conferido.
Depois dessas palavras todos os presentes
ficaram com caras de bobos e o assunto foi encerrado já que uma das donas
preferiu acreditar que na empresa dela não tem pessoas com capacidade de
sabotar. Depois disso lembrei alguns ditados populares ditos pela minha saudosa
avó “o pior cego é aquele que não quer ver”.
Não estávamos acusando ninguém,
somente gostaríamos de saber o que a fulana havia feito para o nome aparecer na
lista???
Mesmo ouvindo algo tão estúpido
procuramos novas listagens e novos indícios foram apontados para mesma pessoa e
novamente o bom senso fez-nos calar, uma vez que nos foi pedido com tanta
gentileza para encerrar a investigação, afinal resolvemos por vontade própria
colocar uma “pedra em cima” do caso. Não estávamos acusando ninguém somente
gostaríamos de saber o porquê de um erro tão banal ter acontecido. E como já
ouvi certa vez “tem pessoas que não ouve cuidado e acaba ouvindo coitado”.
Findo o caso. Ficando somente o
gosto amargo da proibição explícita, afinal “manda quem pode e obedece quem tem
juízo”.
domingo, 14 de julho de 2013
PICUINHA
Descrição: s.f. O primeiro pipilar da ave. / Remoque, caçoada. / Coisa que se faz por implicância, como provocação, para aborrecer alguém.
Minha insegurança leva-me aos
maiores desatinos, geralmente faço mil coisas para me sentir seguro, no auge da
aflição procuro cartomantes como um bálsamo para alma.
Praticamente todas dizem as
mesmas coisas sempre, o destino está em minhas mãos, à felicidade é uma
companheira do futuro, o dinheiro também.
Saio com a alma mais leve e ao
mesmo tempo triste, nenhuma força mágica vai romper o céu e mudar minha vida,
será que a felicidade e dinheiro só chegarão quando estiver velho e sem forças
para poder desfrutar deles.
Em todos os aspectos da minha
vida as cartas predizem nada de excepcional, tudo depende das minhas mãos, sou o
senhor do meu destino, para o bem ou para o mal. Fico desanimado com tudo isso,
gostaria de uma força oculta pudesse mudar o rumo que tenho dado a minha vida.
Não que esse rumo seja de todo ruim, pois não é. O fato é que gostaria que os
navios fossem queimados sem poder mais voltar, andar sem olhar para trás.
Desde que me conheço por gente
tenho que lutar e decidir que rumo tomar. E nessa luta só angariei inimizades,
quando faço o que acredito correto o julgamento vem forte e desqualifica tudo
que fiz.
Apoio nenhum, reclamações muitas.
Infelizmente mais vejo as pessoas torcendo para que tudo dê errado para poder
dizer: - Tá vendo, não falei que ia dar errado!
Como já ouvi essa frase dita de
diversas vezes de maneiras diferentes e quantas vezes isso me imobilizou quando
deveria ir à luta.
Ainda resta um pouco de
esperança, quando deixar de existir nem as cartas terá o poder de resgatar o
que existiu.
domingo, 23 de junho de 2013
Manifestações Brasil 2013
Essa semana o
Brasil literalmente pegou fogo, em meio às passeatas houve atos de vandalismo.
Alguns aproveitaram que muitos estavam reivindicando e aproveitou para saquear
lojas, cometer furto e outros tipos de crimes.
Não fui a
nenhuma passeata, passei por uma e fiquei um pouco e quando vi que um dos
manifestantes estava quebrando a porta da prefeitura dei meia volta e para casa
de metrô.
Cheguei a
minha casa e vi como foram os quebra-quebras, carro incendiado, muros e prédios
históricos pichados, lojas invadidas e saqueadas e tudo o que mais não presta
em contrapartida a manifestação da Paulista foi o contrário do que havia
acontecido no centro velho.
De certa forma
o vandalismo também contribui para o sucesso das manifestações, as autoridades
para evitar que mais atos de vandalismos possam ocorrer acaba cedendo às reivindicações.
Não iria
escrever nada a respeito das manifestações porque teria que entrar no mérito de
falar em política ou tomar partido dos fatos, afinal sou contra o abuso e o
transporte está péssimo, falta qualidade, quantidade e o que muitos não falaram
higiene, os ônibus de São Paulo são sujos e isso incomoda muito, sem falar na
demora em chegar ao ponto e o limite de velocidade no corredor que geralmente
não passa de 40km/hora. Afinal de contas as mesmas reclamações que todos tem
também compartilho e também sou contra atos de vandalismos, mas vejo-os também
como forma de pressão.
Espero
que surjam efeitos esses atos de manifestações e que também sirva de alerta
para toda população: o poder emana do povo e é feito para o povo e como tal
temos a obrigação e o dever de fazer parte do governo. Votar é só a etapa
inicial desse processo.
Taça ou Sonho com o Poder
Uma das características da
educação dos meus pais é cumprir o que prometem, sejam para agradar algum dos
filhos ou mesmo o contrário. Quando criança bastava um olhar para dizer muitas
coisas e essas palavras mais tarde se traduzia em ação. Implicitamente o que
era prometido sempre fora cumprido, nunca falhava e por força maior poderia ser
adiado, nunca esquecido.
A primeira decepção que tive com
os adultos foi exatamente o tal do prometer e não cumprir, uma vez que estava
habituado com a promessa cumprida o contrário me jogou em um mundo que não
conhecia.
Antes da primeira série do primário,
hoje ensino fundamental, existia o pré-primário, uma espécie de nivelamento dos
alunos para que todos estivessem no mesmo nível no início do ano letivo. No
final do pré-primário os professores faziam uma espécie de gincana, onde todos
os alunos participavam de brincadeiras e os que ganhavam poderia escolher um
brinquedo.
Formaram grupos e por algum
motivo acabei ficando fora de todos, fiquei a vagar pelo pátio vendo as demais
crianças brincando. Em uma dessas brincadeiras dividiram as crianças em dois
grupos e deram uma corda para que cada grupo puxasse de cada lado, essa
brincadeira é conhecia como “Cabo de Guerra”. Ao formar os grupos pedi a professora
que organizava a brincadeira para poder participar, ela olhou para mim e disse
que os grupos estavam formados e que na próxima rodada eu seria chamado. Fiquei
esperando.
Os grupos se desfizeram e aguardando a
promessa da professora fiquei.
Passado algum tempo desisti e esperar, saí andando desolado pelo pátio, uma tristeza abaixara sobre mim, o que era alegria, esperança deu lugar a decepção.
Passado algum tempo desisti e esperar, saí andando desolado pelo pátio, uma tristeza abaixara sobre mim, o que era alegria, esperança deu lugar a decepção.
Algum tempo depois todos os
alunos foram reunidos e levados à sala de aula. A alegria era geral, falavam
alto, todos juntos. E os campeões puderam escolher o brinquedo de sua preferência.
Em meio ao alvoroço geral fiquei amuado,
calado, com cara de enterro. A professora notou que não era mais o mesmo, que
alguma coisa de errado se abatera sobre mim. Ela me chamou e perguntou se
estava acontecendo alguma coisa, neguei. Houve insistência da parte dela,
neguei novamente e Ela se abaixou e praticamente me colocou no colo e olhando
fixamente em meus olhos disse para falar o que estava acontecendo. Comecei a
chorar a pleno pulmões e dizer o que tinha acontecido que havia esperado a ser
chamado para brincar e que fiquei esperando e não tinha sido chamado.
Com o inesperado a professora não
sabia onde enfiar a cara ficou sem graça, me abraçou e tentou me consolar e
terminar com meu choro convulsionado que cada vez ficara mais alto. Pediu para
que tivesse calma, que havia esquecido e que não foi por mal que fizera aquilo
e blá, blá, blá...
Para aliviar a dor que abatia
sobre mim e presenteou com um carrinho de plástico, onde se acoplava uma bexiga
que cheia dava propulsão para ele andar. Fiquei mais desencantado ainda, não
queria o carrinho. Queria era brincar e ser campeão para poder dividir a
alegria dos vencedores e poder escolher um brinquedo que fazia parte da maioria
das minhas brincadeiras nesse período de pré-primário – a taça.
A taça era de material plástico
resistente, cor creme e próximo à borda tinha desenhos de triângulos vermelhos.
Não era um brinquedo qualquer
toda vez que brincava com ela me sentia com poder total, um rei, um homem rico,
era a personificação do poder e dinheiro no meu imaginário. Somente pessoas
ricas e poderosas bebiam em taças.
E por um esquecimento de uma
professora fez com que perdesse a credibilidade nos adultos e destruísse meu
sonho de poder e riqueza. Depois disso abateu sobre minha alma uma letargia que
perdura até os dias atuais.
Essa história aconteceu por volta
do ano de 1987, tantos anos depois, recordei com riqueza de detalhes ao ganhar
da Gislaine Krausen da Paz uma taça em acrílico com o símbolo do time de
futebol paulista Corinthians.
Depois de quase duas décadas e meia finalmente ganhei o que representava para mim o símbolo do poder, riqueza e
saúde.
Infelizmente não tenho mais idade para brincar de rei ou homem rico que bebe em taça, o estado de letargia conseguiu deixar suas marcas.
Infelizmente não tenho mais idade para brincar de rei ou homem rico que bebe em taça, o estado de letargia conseguiu deixar suas marcas.
Depois de tantos anos
terei uma taça que representa a profissão que abracei, o símbolo de Farmácia é
uma taça com uma cobra enrolada, talvez estava pré-vendo o meu futuro e não sabia
direito o que era.
sábado, 22 de junho de 2013
Poema em lugar público
Ontem saí do serviço e fiz algo
que muitos acham impossível retornar para casa de ônibus, uma vez que esse tipo transporte público está cada vez pior. Vindo de
metrô chego mais rápido e ainda é considerado um meio de transporte público seguro,
rápido e limpo.
Fiz essa loucura, cheguei bem
mais tarde e irritado também e para não dizer que tudo saiu da pior maneira
possível, uma coisa me chamou atenção quando entrei no ônibus, o encosto de uma
das poltronas estava pichada com uma frase, ou melhor, uma pequena poesia,
achei graça de tal peculiaridade. Nunca imaginei algo assim. Cada vez mais fico
surpreso onde as coisas podem acontecer.
- "Chuva caí lá fora e aumenta o ritmo, sozinho eu sou agora meu inimigo íntimo".
Ficou uma lição, a beleza está
onde não há procuramos, basta ficar livre para que aconteça. Essa verdade
estava morta em mim, a conhecia desde a leitura do poema “Sunflower Sutra”(A
Sutra do Girassol), de Allen Ginsberg e que fora cantada pelo Cazuza em sua
música “Ritual”- “Se até o poeta fecha o livro. Sente o perfume de uma flor no lixo. E fuxica”.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Amigo Personagem III
Amigos personagens geralmente
aparecem onde menos se espera, já escrevi por duas vezes alguns que tive e
ainda tenho. Por vezes me deparo com algum livro ou filme que sinto certa
simpatia por algum personagem, tal como aconteceu com Marcelo Rubens Paiva,
Carlos Lodi, Volquimar Carvalho dos Santos, no caso dos dois primeiros são
pessoas vivas que não conheço pessoalmente e que me tornei amigo quando li o
livro deles e no caso da Volquimar fiquei amigo dela através do filme baseado
na psicografia do Chico Xavier, Joelma 23º andar. Também a o caso do jornalista
Otto Lara Resende, que fiquei amigo deste personagem através de dois grandes
escritores que eram amigos dele em vida, Nelson Rodrigues e Fernando Sabino, de
tanto ler estes dois escritores escreverem a respeito dele passei a tê-lo como
amigo personagem também.
Alguns personagens de filmes como
Holly Golightly, George Falconer ou o vagabundo Carlitos ganham a minha simpatia,
não chegando a exercer grande amizade como nos casos dos livros. Ultimamente
até vídeos do Youtube estão atraindo a minha amizade, como no caso do vídeo “Marcelo
Cabral e a Farsa do SBT”, por algum motivo fiquei compadecido pelo personagem.
Vendo o programa o rapaz não
aparenta o que faz profissionalmente, fiquei também admirado e ao mesmo tempo
me baixou um sentimento bom em respeito a tudo que ocorreu. Bom ator o rapaz é,
desempenhou perfeitamente o personagem criado no palco e por isso já granjeou
um lugar nos meus amigos personagens, ao lado de figuras conturbadas como o
ator Sílvio Júnior que também fora ator de filmes adultos. Mesmo não vendo em
cena deste tipo de filmes, o que me fez tê-lo como amigo personagem foi o fato
de fazer parte de uma engrenagem chamada mídia que usa e abusa das pessoas e
depois a descartam. O limiar entre a vida real e a fantasia me fascina e o ator
Marcelo Cabral ou Alexandro Saldanha Rocha representa bem esse universo, não
sabemos ao certo o que e em quem acreditar.
Como o universo de amigos
personagens geralmente acontece em livros, os dois mais recentes a figurar esse
panteão são dois personagens que de alguma maneira chamou minha atenção, inexplicável
o que vi neles, são dois personagens que se estivem vivos não figuraria nas
listas de amigos meus, mas que mortos ganharam uma aura, talvez em parte do
autor do livro humanizasse a ação desses personagens e também pelo limiar entre a loucura e sanidade, que
ambos apresentam. Esses personagens foram assassinados em São Paulo e figura no
livro “Dias de Ira – Uma História Verídica de Assassinatos Autorizados”, de
Roldão Arruda. Esse livro apresentou diversos personagens e situações e nenhum
outro personagem me cativou como o médico psiquiatra Antonio Carlos Di Giacomo
e do eletricitário Arnaldo Vieira Neves. Esses dois personagens durante o livro
foi o mais documentado e o autor fez análise crítica melhor de como cada um era
e vivia e isso fez com que sutilezas viessem à tona.
O que muitas vezes ocorre de
ficar amigo do autor dessa vez isso não aconteceu, Roldão Arruda é excelente
condutor, o livro é uma aula de sociologia, história e análise de um período
que infelizmente ainda está presente – morte sem solução. O personagem tão
pouco me inspirou afeição, não por ser um assassino, por faltar mesmo
profundidade e os demais foram personagens que não conseguiu prender minha
atenção.
De todos esses personagens pude
notar que todos tem em comum a linha divisória que separa o belo do feio, são
todos frágeis prestes a romper com a ordem estabelecida. E isso me atrai.
domingo, 16 de junho de 2013
Dias de Tristezas - Crimes contra a Vida
Algumas semanas atrás estava envolvido com vídeos do site Youtube, olhava
um e dava risada e passava para o próximo em busca de diversão e por um motivo
qualquer assisti um vídeo que falava de crimes ocorrido na década de oitenta em
São Paulo e em outro vídeo o assassino narrava friamente como havia matado um
médico. Já ouvira falar do caso que ficou conhecido como o “Maníaco do Trianon”.
O vídeo que assisti dava para
perceber que não era uma produção brasileira, a maneira dos atores difere
bastante de uma produção nacional, mas fiquei interessado pela história e vendo
o que estava sendo apresentado se baseava em um livro “Dias de Ira – Uma História
Verídica de Assassinatos Autorizados”, de Roldão Arruda, eu tratei logo de
procurar o livro, nas livrarias aparecia como esgotado na distribuidora, então
parti para os Sebos, que vende livros usados. Pesquisei primeiro pela internet,
no site “estante virtual”, fui a alguns Sebos que constava ter o livro e nada.
Até que encontrei em uma na Zona Oeste da cidade.
Comecei a leitura quando
retornava para casa, não desgrudei do livro um sequer minuto, queria saber tudo,
como aconteceu, o laudo médico, pericial, o lado psicológico do assassino, tudo
que pudesse descobrir.
Conforme a leitura foi-se
adiantando vi que nenhuma dessas respostas seria plenamente respondida, o livro
torna-se vago em muitos aspectos, não temos certeza de mais nada. O autor fez
um trabalho espetacular, buscou informações em tudo que foi possível e mesmo
assim não conseguiu fazer uma obra definitiva. Mesmo quando narra o encontro
que teve com o Fortunato Botton Neto não consegue elucidar a personalidade ou
os crimes, ficando reticências no ar.
Terminei de ler o livro com a
mesma certeza que tinha antes. Não matou minha curiosidade, o autor fez algo
melhor, fez com que recuasse no tempo e vislumbrasse uma época que deveria ter
morrido, ter virado história e que infelizmente ainda arde como brasa nos dias
atuais.
O livro é uma aula de sociologia,
explica como foi à década de oitenta para um grupo que ainda vive na
clandestinidade apesar da visualização que tal grupo tem hoje, mesmo assim
muitos ainda são vítimas de crimes de ódio ou outros crimes já que uma parcela
prefere viver no anonimato da sua vida particular para evitar preconceitos e estereótipos.
Recomendo a leitura do livro como
obra sociológica, para entendermos melhor a condição do homossexual na
sociedade e o perigo que corre quando nossas atitudes em classificar de certo
ou errado, como vi na televisão o pastor Silas Malafaia berrando palavras de
intolerância, que dois homens ou duas mulheres não podem produzir nada, então
que o casamento foi feito para homem e mulher. Casamento foi feito para quem quer ficar
juntos, simples assim.
Antigos preconceitos que ainda faz com que o
livro esteja mais atual do que nunca.
terça-feira, 11 de junho de 2013
Enquanto estou bêbado...
Nesses últimos tempos tinha
tantas coisas para escrever, que infelizmente acabaram não sendo escritas.
Dia primeiro de maio iria falar
sobre o dia dos trabalhadores, a morte do Ayrton Senna, a morte do meu avô
paterno e mais alguma coisa que já não recordo mais, passou.
Depois veio feriado e fiquei de
escrever e acabou não acontecendo também.
Criança encontrada no cano de uma
privada, bebedeira que fui protagonista e nenhuma linha foram escritas, em
parte para evitar detalhes que é melhor ficar à sombra do esquecimento.
Desilusão, amargura que há tempos
venho acalentando, preferível que se cala na garganta ao invés de ecoar aos
ouvidos moucos.
Amores não correspondido que fere
a alma e joga a lama esperança de um dia ser feliz.
E por falar em amor, amanhã é
dias dos namorados e não tenho uma palavra sequer para escrever a este
respeito, poderia fazer um texto qualquer, romântico, triste, alegre,
desesperançado para dizer o quanto já amei e fui amado e acabou.
Diferente do que muitos acreditam
já fui quase casado, namorei por alguns anos e terminou como começou. Não tenho
certeza de que terminou realmente.
Às vezes o medo me consome, perco
os sentidos, chego a sentir frio, um desespero tomar conta do meu corpo,
sufocando minha alma e ainda pior sou conivente com esse sentimento, deixo-o me
possuir lentamente e no auge do desespero sou capaz das coisas mais insanas que
um ser humano pode fazer - mentir enquanto está bêbado.
Esse sentimento me abre um vazio
maior que todos os estádios de futebol juntos, tenho vontade de encolher, em
posição fetal, até sumir. Num rompante depuro egoísmo sinto necessidade de
curtir minha solidão só.
Nessa turbulência que por ora
invade minha’lma e faz o que de mais belo congelar fico a esperar um sorriso
que em breve farei acontecer.
domingo, 3 de março de 2013
Alexandre Barros e Alexandre Paternost são 1000
Depois de 187 postagens e mais de quatro mil visitações brasileiras seguidas por outras tantas de outros países???, fico surpreso que mil visitações de todas que este blog tem é de uma postagem que considero uma das menores "Alexandre Barros e Alexandre Paternost, que fora publicado em 14 de julho de 2012.
O que mais me chama atenção é a falta de comentários, quase nenhum, poucas pessoas participam, não criticam, elogiam ou qualquer coisa do gênero. Algumas postagens gerou comentários, tal como "Amigo Personagem II, de 03 de julho de 2011.
As que considero as melhores muitas vezes foram ignoradas, não chegaram a ter visitação, outras tiveram e passaram em branco, algumas foram feitas como piadas e percebi que levaram a sério, como a "Síndrome de Hard Har Har", de 19 de maio de 2011. Mesmo me surpreendendo com tudo isso gostaria de agradecer as visitas, as nacionais e as internacionais.
Claro que gostaria de saber a opinião de todos, para saber o que devo melhorar, se alguma postagem possa parecer ofensiva ou qualquer coisa.
Obrigado a todas visitas.
O que mais me chama atenção é a falta de comentários, quase nenhum, poucas pessoas participam, não criticam, elogiam ou qualquer coisa do gênero. Algumas postagens gerou comentários, tal como "Amigo Personagem II, de 03 de julho de 2011.
As que considero as melhores muitas vezes foram ignoradas, não chegaram a ter visitação, outras tiveram e passaram em branco, algumas foram feitas como piadas e percebi que levaram a sério, como a "Síndrome de Hard Har Har", de 19 de maio de 2011. Mesmo me surpreendendo com tudo isso gostaria de agradecer as visitas, as nacionais e as internacionais.
Claro que gostaria de saber a opinião de todos, para saber o que devo melhorar, se alguma postagem possa parecer ofensiva ou qualquer coisa.
Obrigado a todas visitas.
Gato Preto
Em um final de semana qualquer
deste ano acordei com um barulho vindo da cozinha, logo percebi que era minha
mãe lutando com algo. Resolvi ficar deitado, tenho confiança na boa senhora e
sei que nada pode derrotar tamanha inteligência e força feminina.
Depois de algum tempo levantei e
perguntei que barulheira era aquela?
Fiquei sabendo que se tratava de
um filhote de gato que haviam colocado no quintal e que minha santa mãe havia
convidado o bichano a retirar-se e como o gatinho não mostrou nenhuma vontade
então foi o inicio da guerra deles.
No final com toda gentileza o
gato descobriu o caminho da rua e se foi.
Era um gato preto, e se tivesse
levantado talvez convencesse minha mãe a deixar o pobre bichano a morar em casa
e até teria um nome para ele, se chamaria Gato Preto e se fosse marrom poderia
se chamar “brown cat” ou coisa assim.
Pelo visto o gatinho saiu com
raiva, pois não deixou o endereço e muito menos telefonou para dizer que
encontrou uma família disposta a adotá-lo. Se não fosse minha santa preguiça
hoje ele teria um nome parecido com ele e teria um lugar cativo em casa.
sábado, 2 de março de 2013
aMoReS QuE tIvE...
Canto pelos quatro ventos os
amores que tive, cada um deixou sua marca e cada marca uma cicatriz profunda .
Um dos casos mais tórridos
aconteceu num lugar com ruas, não uma rua qualquer. A rua em questão ficava do lado
baixo do bairro onde às vezes chovia torrencialmente, as águas não diziam
muito, a verdade nada dizia muito, tudo me parecia água de cima a baixo e de
baixo a cima. Lembranças com água amores. Nada poderia ser melhor vendo as
neves caírem pela janela do meu prédio em um dia de agosto.
Os amores vão e vem cada dia um e
cada um foi um dia que se perdeu nas águas neve de dias quentes como no Saara
em dia de tempestade de areia com granizo.
Cada amor foi um dia a felicidade
de um tempo que talvez tenha passado antes de ter passado em dias quentes de
inverno.
Todos lembram um pranto quente
frio morno gelado esquecido numa mesa de bar de esquina com São João e Ouvidor
ao som distante de lágrimas secas em rosto molhado.
Cabelos caídos em noite de luar
querendo resplandecer como um eclipse de noite clara de sol forte a cegar a
quem não vê nada além dos amores do passado.
Som de máquina a zunir
estremecendo raiz de árvores plantadas
em solo duro que doem em dias de chuva
com vento onde os pensamentos se
confunde com ontem que ainda não passou.
Não disse, mas canto aos quatros
ventos os amores que tive...
sexta-feira, 1 de março de 2013
Leilão de enganos
Chego da faculdade ligo a
televisão enquanto janto e vejo um programa reprisado, perguntas e respostas
são feitas e dadas enquanto dou minhas garfadas, presto mais atenção ao que
vejo e escuto do que vai à boca.
Uma garota catarinense de pouco
mais de vinte anos que participara de um programa sobre virgens e que no final
participou de um leilão de sua virgindade. A catarinense em questão é de Ingrid
Migliorini, moça bonita e inteligente, citou alguns filósofos, falou bem sem
gírias, com boa postura, sem vulgaridade, mostrou imaturidade em algumas
perguntas e despreparo para algumas respostas. Ao ser interpelada sobre o
porquê não considerava como prostituição leiloar a virgindade a catarinense
saiu com comparações infelizes que nada dizia. Comparar o uso de minissaia,
Leila Diniz grávida tomar banho de sol em uma praia na década de setenta com o
fato de vender a virgindade foi um tanto retórico.
Infelizmente a pobre moça
confundiu exibições com prostituição, ambas as palavras podem andar juntas às
vezes, mas uma não é sinônima da outra.
Depois disso meu interesse pela
entrevista perdeu-se, terminei de jantar fui escovar os dentes e dormir. Teria
terminado aí a entrevista da garota se não ficasse martelando a comparação de
leiloar a virgindade com o fato do exibicionismo, tentei o dia inteiro
relacionar um fato a outro e não cheguei a um denominador comum.
Pensando e pensando no que vi na
entrevista vi que ela perdeu um grande discurso perante a entrevistadora que a
décadas faz esse trabalho e sabe como ninguém provocar com as melhores
perguntas e com os olhos brilhantes com respostas inteligentes.
Uma resposta inteligente a
pergunta provocadora que muitos estavam ávidos para ver respondida era o fato
de a prostituição ser algo crônico, que se pratica constantemente visando
somente o ganho e que o fato de leiloar não era por si um fato crônico e sim
agudo, podendo ser considerado um ato de prostituição, não com isso fazendo
dela uma prostituta, sendo que outras mulheres e homens em determinado ponto de
suas vidas se prostituiram por necessidades ou por oportunismo e no caso dela o
segundo caso e ser ou não prostituta seria uma escolha de cada um. Se desse uma
resposta assim poderia citar Dercy Gonçalves, Rita Cadillac, Marilyn Monroe e
outras tantas personalidades que utilizaram de atos de prostituição e que,
portanto não são consideradas putas. Ou mesmo de carcerários masculinos que são
obrigados a atos homossexuais e não são gays.
A garota perdeu uma oportunidade
de mostrar como é perigoso usar um termo indiscriminadamente, prostituição e
ato de prostituição são coisas diferentes, mesmo tendo um único fim, o sexo por
dinheiro.
de quina pra fama |
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Todos falam e nada dizem
Vendo alguns vídeos no YouTube deparei com uma entrevista emblemática do pastor Silas Malafaia para a Marília Gabriela. A entrevista foi na base do toma lá da cá. Nem sim, nem não. Todos falam e nada dizem. entrevistas tendenciosas, respostas idem e comentários também.
Faltou lembrar que o Brasil é um país laico, ou seja, não tem religião, e isso desde a Proclamação da República, então qualquer culto ou dogma não pode ferir as leis as quais somos regidos.
Concordo que dentro da Constituição está a base de tudo e que as leis vem para fortalecer o que já existe.
Sou cristão católico e respeito o direito e o que cada ser é ou escolha ser.
Da mesma maneira que uma lei possa proteger a sexualidade de um irá proteger o direito do outro, porque a lei tem que ser imparcial. Coisa que o nosso crítico não citou.
Todos foram tendenciosos e nada explicaram.
Peço que antes de expressar alguma opinião faça de maneira correta e utilize uma grande ferramenta que temos a nosso dispor: a História.
Só assim iremos evitar falar e não dizer nada.
Defender um comportamento cristão só porque está descrito na bíblia então teremos que voltar a utilizar métodos há muito criticado pela humanidade, tais como sacrifícios de animais e humanos, escravidão entre outras práticas.
Sugiro que antes de seguir com opiniões leiam a nossa lei a respeito de vários assuntos, principalmente o religioso O BRASIL é um país LAICO, ou seja não pode professorar nenhum tipo de opinião religiosa e nenhuma escritura está acima da Constituição e todos no Brasil está abaixo dela.
E vendo outros vídeos relacionados a entrevista deparei com geneticistas, revoltados e um que me chamou a atenção pela quantidade de palavras ditas que nada diziam.
http://www.youtube.com/watch?v=a1LKnLp7glM
Fiquei impressionado com tamanha bobagem dita, e o cidadão não ficou vermelho de esquecer um fato importante que mencionei no mural de comentários e que fiz linhas acimas, o fato do Brasil ser um pais LAICO.
Cheguei a senti vergonha pelo nosso palpiteiro de plantão, dar opinião sem levar em consideração um fato histórico e de suma importância.
Brasileiros de maneira geral repudia a história e deixa de aprender muitas coisas interessantes e com isso ter opinião coerente. Antes de falar de religião, bíblia e o escambau à quatro precisa saber o que diz nossas leis. E nesse quesito a Constituição é clara e obvia, O Brasil é um país LAICO, isso desde 1899, quando o Império Brasileiro virou pó.
E caso ninguém saiba o que LAICO, vai procurar no dicionário e aproveita lê um bom livro de história para evitar falar e nada dizer.
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Véspera de Carnaval...
Véspera de feriado em São Paulo,
voltando para casa depois de um dia tumultuado e cheio de dissabores.
Segue uma conversa em tom de
revolta com uma colega de seção sobre outra colega de departamento, uma
verdadeira guerra interna, silenciosa que me faz lembrar a contenda americana
com a Rússia, uma guerra fria que eleva as tensões e diminui a paciência e o
bom senso comum.
Em um dos momentos de arroubos
soltei uma má criação “Se está procurando pelo em ovo não vai encontrar, mas no
saco irá...”.
“Uma mulher que estava próxima
conversando sobre o livro ‘Cinquenta Tons de Cinza’ falou com outra: -” Você
viu o que o rapaz falou!”“.
Não entendi o porquê do susto da
tal pessoa, alguém que lê os ‘Cinquenta tons... ’ já deveria estar bem
acostumada com palavras e frases chulas, afinal ler é um ato solitário e ouvir
um ato coletivo, talvez isso explique o espanto alheio.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Chegando em casa
Volta às aulas, hora de colocar
os pingos nos is, organizar tudo para mais um semestre e evitar surpresas
desagradáveis. Levei o meu computador para manutenção, trocar o sistema
operacional, atualizar o antivírus, enfim deixá-lo em condições.
Um dia ao chegar em casa ligo e
ouço uma voz: “Seu antivírus acaba de ser atualizado”, tomei um susto, não
sabia que o computador poderia me avisar quando fosse atualizado. Achei tão
bonitinho que quase agarrei e dei um beijo no meu computador. Talvez esteja
carente...
domingo, 20 de janeiro de 2013
Linda História Triste
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Hoje foi
o velório do meu tio-avô João Correa Nunes, no Cemitério São Luiz, e passeando pelo
cemitério, vendo fotos na parte onde há o ossário, eu e minha irmã
caçula vimos um grupo olhando uma parede onde havia várias fotos
perdida que ali foram colocadas, mais adiante vimos um senhor
alisando uma foto e chorando, no que minha irmã comentou que o
senhor havia achada algum parente dele. Esse senhor vendo que
estávamos vendo-o, se dirigiu para nós dois e começou a conversar.
Contou que o rapaz da foto era filho dele que falecera vítima de
epilepsia depois de ter almoçado, contou ainda do desespero quando
soube da notícia. Em suas palavras, em teu olhar vimos uma emoção
viva, um sentimento latejante que ultrapassa o racional.
Fiquei
impressionado com a história e tristeza do tal senhor, bebi cada
palavra, do filho que falecera aos 27 anos, no neto de 19 anos filho
do rapaz, da neta que viu a foto do tio junto à tantas outras. O senhor tinha uma energia muito boa, fiquei com vontade de ficar lá conversando com ele durante horas, mas tínhamos a nos esperar cadáveres, eu o meu tio-avô e ele uma prima distante, também fiquei com vontade de visitar a prima morta, fiquei sem coragem e não fui e também não perguntei o nome dele ou do filho, infelizmente somente outra coincidência seria capaz de matar minha curiosidade.
Outra
coincidência que aconteceu foi com meu irmão, ao andar pelo
cemitério vendo túmulos encontrou um com o nome praticamente igual
ao meu, diferenciando somente a letra i do Enéias, que no do
falecido não tem. E depois coincidência não existe, contando
parece história de pescador, mas é pura verdade, tanto que
fotografei e pela foto quem quiser pode ir lá e vai encontrar o
túmulo e para quem ainda não acreditar procure a administração e
pede para ver o livro de sepultamento e verá o nome do falecido lá
registrado.
Histórias
que não deveria se perder na bruma do esquecimento, uma por ter me
conquistado pela sua simplicidade e beleza apesar de ser uma tragédia
com um rapaz e a outra pelo túmulo com um homônimo meu, tudo
entrelaçado com a perda de um tio-avô.
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