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sábado, 2 de março de 2013

aMoReS QuE tIvE...


Canto pelos quatro ventos os amores que tive, cada um deixou sua marca e cada marca uma cicatriz profunda .
Um dos casos mais tórridos aconteceu num lugar com ruas, não uma rua qualquer. A rua em questão ficava do lado baixo do bairro onde às vezes chovia torrencialmente, as águas não diziam muito, a verdade nada dizia muito, tudo me parecia água de cima a baixo e de baixo a cima. Lembranças com água amores. Nada poderia ser melhor vendo as neves caírem pela janela do meu prédio em um dia de agosto.
Os amores vão e vem cada dia um e cada um foi um dia que se perdeu nas águas neve de dias quentes como no Saara em dia de tempestade de areia com granizo.
Cada amor foi um dia a felicidade de um tempo que talvez tenha passado antes de ter passado em dias quentes de inverno.
Todos lembram um pranto quente frio morno gelado esquecido numa mesa de bar de esquina com São João e Ouvidor ao som distante de lágrimas secas em rosto molhado.
Cabelos caídos em noite de luar querendo resplandecer como um eclipse de noite clara de sol forte a cegar a quem não vê nada além dos amores do passado.
Som de máquina a zunir estremecendo  raiz de árvores plantadas em solo duro que doem em dias de chuva 
com vento onde os pensamentos se confunde com ontem que ainda não passou.
Não disse, mas canto aos quatros ventos os amores que tive...

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