Nesses últimos tempos tinha
tantas coisas para escrever, que infelizmente acabaram não sendo escritas.
Dia primeiro de maio iria falar
sobre o dia dos trabalhadores, a morte do Ayrton Senna, a morte do meu avô
paterno e mais alguma coisa que já não recordo mais, passou.
Depois veio feriado e fiquei de
escrever e acabou não acontecendo também.
Criança encontrada no cano de uma
privada, bebedeira que fui protagonista e nenhuma linha foram escritas, em
parte para evitar detalhes que é melhor ficar à sombra do esquecimento.
Desilusão, amargura que há tempos
venho acalentando, preferível que se cala na garganta ao invés de ecoar aos
ouvidos moucos.
Amores não correspondido que fere
a alma e joga a lama esperança de um dia ser feliz.
E por falar em amor, amanhã é
dias dos namorados e não tenho uma palavra sequer para escrever a este
respeito, poderia fazer um texto qualquer, romântico, triste, alegre,
desesperançado para dizer o quanto já amei e fui amado e acabou.
Diferente do que muitos acreditam
já fui quase casado, namorei por alguns anos e terminou como começou. Não tenho
certeza de que terminou realmente.
Às vezes o medo me consome, perco
os sentidos, chego a sentir frio, um desespero tomar conta do meu corpo,
sufocando minha alma e ainda pior sou conivente com esse sentimento, deixo-o me
possuir lentamente e no auge do desespero sou capaz das coisas mais insanas que
um ser humano pode fazer - mentir enquanto está bêbado.
Esse sentimento me abre um vazio
maior que todos os estádios de futebol juntos, tenho vontade de encolher, em
posição fetal, até sumir. Num rompante depuro egoísmo sinto necessidade de
curtir minha solidão só.
Nessa turbulência que por ora
invade minha’lma e faz o que de mais belo congelar fico a esperar um sorriso
que em breve farei acontecer.
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