’No tempo em
que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz
e ninguém estava morto’.
Aos 35 anos atingi o patamar que
o escritor e poeta Fernando Pessoa descreve na poesia “Aniversário”, a cada ano
um dos membros da família parte deixando eternas saudades.
Esse ano foi à vez da tia Celinha, tão jovem
ainda, resolveu nos deixar, restando somente à lembrança e uma filmagem que
eternizou um beijo endereçado à mim.
Todas as recordações que tenho da
minha Tia não são lineares, e tudo que é multifacetado se torna difícil de
descrever.
A última vez que estive com ela foi por volta do
ano de 2006, depois a distância acabou por impossibilitar novas visitas, mas
sempre recebia notícias. E quando recebi a péssima notícia que seria necessário fazer uma cirurgia acreditei fielmente que tudo iria transcorrer normalmente,
uma vez que já a vida lhe reservou lutas e sacrifícios e que Ela bravamente
venceu todas.
Infelizmente
achou por bem não lutar mais, resolveu repousar eternamente, depois de uma vida
inteira de luta, mas que valeu um grande prêmio: uma família bem estruturada e
filhos responsáveis que estiveram ao seu lado todo tempo.
Certa vez li
que as pessoas que amamos não morrem, vivem eternamente em nossos corações e
que deixar de viver é só não ser visto, então Tia Celinha a Senhora será eterna, porque há muitos corações que há ama muito e basta lembrarmos-nos de Ti para
ver que Valeu à pena!
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