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Fortunato Botton Neto |
Estava lendo “Um Dia”, de David
Nicholls, um romance de dois personagens entediantes, que lá pela metade do
livro não suportei ler mais.
Assisti ao filme e fiquei
apaixonado pela história, afinal o casal do filme são representados pelos
atores Anne Hathaway e Jim Sturgess que são lindos, mas durante
a leitura do livro em nada me fazia imaginar os personagens tão bonitos como no
filme, a mulher era baixinha, gorda e desleixada e chata e o homem só vinha em
minha cabeça o Otaviano Costa, me senti lendo a biografia desse
ator-apresentador, então perdi o interesse e abandonei a leitura e resolvi
reler “Dias de Ira – Uma História Verídica de Assassinatos Autorizados”, de
Roldão Arruda, ainda continuo com a mesma sensação de “Amigo Personagem III”,
os meus personagens preferidos do livro ainda continuam sendo os mesmo, somente
agora ao ler novamente essa obra desse grande escritor consigo deixar a emoção
da primeira leitura e olhar detalhes que antes havia passado despercebido, cada
nuance do texto e o que muitas vezes é dito nas entrelinhas.
Ler esse livro é uma viagem no
tempo, é captar algumas coisas que há muito deixou de existir. Dias desses
depois do trabalho andei a esmo pelo Centro e passei onde alguns crimes ocorreram,
respirei o ar pesado da cidade no fim de tarde, olhei os prédios onde outrora alguns personagens moraram e morreram. Pode parecer mórbido fazer um roteiro assim, passar por
locais onde ouve crime violento. Isso não me causa nenhum constrangimento chega a
dar certa satisfação poder esquadrinhar o ambiente que outrora pertenceu a
outros e agora são fantasmas que habita meu imaginário.
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Condomínio São Luís Plaza, residência do eletricitário Arnaldo Vieira Neves |
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