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domingo, 1 de janeiro de 2012

Enquanto tento dormir


Tento dormir e ouço vozes, nenhuma delas vinda do além, vem de outro comodo que é um incomodo aos meus ouvidos.
Ligo meu computador e resolvo escrever essas linhas para fazer o tempo passar, ligo meu aparelho de som portátil e coloco meu fone de ouvido e ouço outras vozes, só que dessa vez o que escuto não fere a minha inteligencia e não me ofende.
A voz do Roger do Ultraje à Rigor cantando “É tudo filho da puta” diz o que estou pensando e sentindo e que não devo pronunciar, devendo prestar essa homenagem aos meus ouvidos e poupando os ouvidos a que merecia escutar, talvez ficassem ofendidos com a palavra descortez e fossem dormir, deixando de cuidar da vida alheia e deixar de falar em morte, porque estava quase a produzir um defunto ao lado de tanta raiva que o assunto estava me causando.
Por um momento ouço o silêncio vindo do comodo que outrora me estava tirando o sono, retiro o fone de ouvido e ouço o tic-tac do relógio de parede e já vai tarde (ou cedo, talvez). Enfim posso desligar o computador e dormir em paz.

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