domingo, 24 de julho de 2011
Nossa Senhora do Crack
Algumas notícias olhos com certa curiosidade, muitas não tem a importância que lhes dão, sendo que outras passam despercebidas.
O caso da “Nossa Senhora do Crack” é uma dessas notícias que vem a mídia a troco de nada, talvez para dar enfase a um problema que todos estão cientes e que que ninguém faz nada.
O uso de drogas ilícitas não é novidades para ninguém, tanto que vez ou outra faz-se marcha para legalizar algumas delas.
De resto jogamos a culpa para o governo que não faz nada a respeito, e fingimos que não é do nosso problema o que está acontecendo. Talvez o problema seja de quem convive diretamente com os usuários de alguma droga, familiares ou os que tem o desprazer de tê-los na porta de sua residência.
Hoje as tais “Cracolândia” não se restringe somente no centro velho de São Paulo, está em várias capitais e diversos bairros.
O artista plástico Zarelha Neto ao colocar uma imagem de Nossa Senhora, para chamar a atenção de problema tão grave como os dependentes de substância química, foi um erro grande.
Não é correto fazer bonito com o chapéu alheio, usar uma imagem religiosa para chamar atenção de um problema é uma falta de consciência muito grande, como se a igreja fosse de alguma forma culpada pelos desmandos dos usuários.
Alguns religiosos (católicos, evangélicos, espiritas e outros) fazem trabalhos assistenciais com esses dependentes, então não tinha o porque da imagem, querer um ser superior para protegê-los é tão surreal como culpar alguém pela dependência deles.
Vendo-os na televisão criticando a imagem que foi colocada e com o nome que lhe foi dado, fica fácil de ver como ainda são seres humanos e tem consciência do que está fazendo, respeitam ainda alguma instituição, sabem classificar o bem do mal.
Fica difícil engolir a explicação de chamar a atenção para um problema que todos já sabem de sua existência.
Pouco tempo atrás a prefeitura do Rio de Janeiro internou alguns dependentes à força, tirando os da rua. E por esse gesto muitos criticaram. Infelizmente poucos tem contato com os usuários. Para quem tropeça com eles na calçada de casa ou indo pra o trabalho não vê nada de errado em tirá-los da rua, isso ajuda a mantê-los longe dos traficantes e restabelece a segurança nas ruas que são tomadas pelos usuários.
Talvez daqui alguns anos vamos ter o transito parado por alguns fazendo uma marcha para legalizar o uso do crack, já que usar não pode ser considerado crime, somente só quem trafica, mesmo para que usar é necessário ser receptador de mercadoria ilegal, o que já deveria ser considerado crime, como receptador de mercadoria de mercadoria roubada.
Creio que por enquanto a marcha vai demorar um pouco, já que um ícone da música morreu em decorrência do vício em substância química, uma delas o crack, onde muitos viram um vídeo da Amy Winehouse fumando as pedras.
Santas, cantoras e população todos de alguma maneira estão a disposição dessa substância que acaba com a vida de quem entra em contato com ela, mas não devemos ser infantis em achar que acaba com a consciência dos usuários, a reportagem mostrou que não é bem assim, respeito pelo que consideram certo e bom ainda eles tem apesar de serem viciados.
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