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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Fingimento

"Tu fingistes que me amastes
Eu fingi que acreditei.
Foste tu que me enganastes
Ou fui eu que te enganei?"

No início da década de noventa tínhamos uma pequena mania quando findava o ano, alguns alunos compravam cadernos e pedia para os amigos escreverem alguma mensagem ou simplesmente colocasse sua assinatura, e depois esse caderno era guardado e com o tempo acabava se perdendo ou sendo jogado fora.
Não recordo se no final de 1991 ou 1992 segui o modismo da época e comprei um caderno também e pedi alguns alunos e professores que deixassem uma mensagem e uma mensagem dessa guardei de cabeça. Uma garota chamada Rose escreveu o pequeno poema. Ao lê-lo quis saber o porquê havia escrito isso. Ela respondeu que escreveu qualquer coisa.
Passado várias décadas esse pequeno poema nunca foi esquecido e uma simples pesquisa encontrei-o impresso num Almanaque do ano 1949.
Ainda esse pequeno poema me seduz, seja pela matreirice ou singeleza de suas palavras.
Uma coisa ainda é certo, esse pequeno poema ainda conduz minha vida, muitas vezes finjo e me deixo enganar, seja para agradar ou para me agradar. Infelizmente, muitas pessoas não partilha dessa visão e sem ter a menor educação ou percepção que o fingimento não é para causar sofrimento faz o inverso, investiga, causa sofrimento e não tem a menor educação de fingir também. Nem sempre a verdade nua e crua é redentora, cada pessoa tem o direito a ser individual e compartilhar sua história, alegrias e sofrimentos  com quem lhe aprouver.
Muitas vezes fingi que acreditei e fingistes também e não me arrependo de nenhuma decisão tomada porque sei que foi para proteger 'por amor', como na boa e velha bel canção "Codinome Beija-Flor".

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