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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Estupro Coletivo da Sociedade

Infelizmente desde que me conheço por 'gente' vejo noticiado o mar de lamas que é a política no Brasil e dos filhos dessa 'mãe gentil'. 
Crimes hediondos não é invenção nova, temos casos horríveis na história desse velho Brasil, desde a conquista desse continente ocorreram massacres dos 'gentis' que aqui viviam e na atualidades dos presídios estão lotados com os mais variados criminosos e seus crimes.
Alguns chegam a causar repulsa quando noticiado, tais como parricídios, infanticídios, maus-tratos a incapazes e um que causa estranheza na atualidade - o estupro.
Essa estranheza se dá pela facilidade com que todos hoje tem em conhecer alguém e ter um relacionamento, mesmo que efêmero. Não conheço um homem sequer que nunca tenha ido a um lupanar ou no bom e velho português -   'PUTEIRO'.
Uma jovem de apenas 16 anos foi vítima de estupro coletivo praticado por 'uns trinta marmanjos' armados numa favela. 
Essa notícia parece ser tirada num dos livros do escritor Nelson Rodrigues, em uma época que o moralismo era bem diferente do que vivemos na atualidade, as moças em sua maioria casavam virgens e os homens diferenciavam mulheres 'perdidas' das 'que eram pra casar'.
No livro "Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas Ordinária" a personagem principal paga por uma curra, mas em seu delírio de escritor não chegou a tamanha barbárie como foi noticiado com essa jovem de 16 anos.
Li o livro, vi a peça e os filmes baseado nessa obra do Nelson Rodrigues e somente na última adaptação é que temos algo parecido com o que aconteceu. 
Talvez a incapacidade de discernimento e respeito pelo próximo está fazendo com haja um retrocesso a mais bestialidade possível. 
Esses pilantras não cometeram um crime covarde somente com essa moça, todos de uma maneira nos sentimos currados também, seja, pela violência física, da falta de caráter ou da compaixão que deveriam sentir, só pelo fato de ter saído de dentro de uma mulher, mesmo sendo uns verdadeiros 'filhos da puta' .
Respeito é bom e todos necessitamos ser respeitados... 

   

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Sexta-Feria 13

Semana turbulenta e para os mais crentes a sexta-feita ainda tinha ser 13, considerada de azar para muitos, ou como li: - O azar não está na sexta-feira ser 13, e sim ser 13 nas urnas.
Só que essa semana não foi exatamente uma semana 13, qual número do Partido dos Trabalhadores. Foi exatamente o contrário, a então presidente da República fora afastada e seu vice assumiu interinamente. 
Sei que é prematuro deixar alguma opinião a respeito disso, só que tenho cá por mim  que agora vai melhorar, não pelo novo poder instalado, que acredito que não difere muito do que foi afastado, o fato é que agora percebe-se que o novo comandante tem a boa vontade da tripulação. E como diz num ditado popular: "Quer conseguir um amigo, ache um inimigo em comum", e todos tem a presidente afastada como esse pária a ser combatido a qualquer maneira.
Ao conversar com amigos e andar pela cidade vejo o descontentamento geral pela desorganização que impera. Desde a ascensão do Partido dos Trabalhadores ao poder sinto uma certa desorganização geral. Muitos com interesses escusos tem se aproveitado de um governo popular/ populacho para aprontar das suas,  tais como invasões e desorganização de todo tipo. Basta andar pelas ruas e ver a quantidade de trabalhadores ambulantes clandestinos, invasões de prédios, sujeira, assaltos e todo tipo de expertise.
Agora quem sabe teremos um governo que realmente vai governar e colocar ordem na casa, colocando essas corjas no seu devido lugar e fazendo o Brasil sair da crise e quem sabe voltar a crescer, e para ser otimista, a tão sonhada reforma política. Só nos resta esperar dias melhores e que essa maré de azar termine nesse dia 13 junto com o governo que está suspenso.

Fingimento

"Tu fingistes que me amastes
Eu fingi que acreditei.
Foste tu que me enganastes
Ou fui eu que te enganei?"

No início da década de noventa tínhamos uma pequena mania quando findava o ano, alguns alunos compravam cadernos e pedia para os amigos escreverem alguma mensagem ou simplesmente colocasse sua assinatura, e depois esse caderno era guardado e com o tempo acabava se perdendo ou sendo jogado fora.
Não recordo se no final de 1991 ou 1992 segui o modismo da época e comprei um caderno também e pedi alguns alunos e professores que deixassem uma mensagem e uma mensagem dessa guardei de cabeça. Uma garota chamada Rose escreveu o pequeno poema. Ao lê-lo quis saber o porquê havia escrito isso. Ela respondeu que escreveu qualquer coisa.
Passado várias décadas esse pequeno poema nunca foi esquecido e uma simples pesquisa encontrei-o impresso num Almanaque do ano 1949.
Ainda esse pequeno poema me seduz, seja pela matreirice ou singeleza de suas palavras.
Uma coisa ainda é certo, esse pequeno poema ainda conduz minha vida, muitas vezes finjo e me deixo enganar, seja para agradar ou para me agradar. Infelizmente, muitas pessoas não partilha dessa visão e sem ter a menor educação ou percepção que o fingimento não é para causar sofrimento faz o inverso, investiga, causa sofrimento e não tem a menor educação de fingir também. Nem sempre a verdade nua e crua é redentora, cada pessoa tem o direito a ser individual e compartilhar sua história, alegrias e sofrimentos  com quem lhe aprouver.
Muitas vezes fingi que acreditei e fingistes também e não me arrependo de nenhuma decisão tomada porque sei que foi para proteger 'por amor', como na boa e velha bel canção "Codinome Beija-Flor".

domingo, 8 de maio de 2016

Anotação avulsa

Procurando algumas livros encontrei um que havia lido a muito tempo atrás, "Ozualdo Candeias - Pedras e Sonhos no Cineboca", de Moura Reis. Já havia assistido a quase todos filmes desse diretor e quando a Imprensa Oficial lançou a Coleção Aplauso Cinema Brasil para resgatar a memória destes personagens que fizeram a história das artes no Brasil, li diversos livros e este ficou jogado a um canto. E dias desses procurando dois livros do Fernando Sabino encontrei esse do Ozualdo Candeias e ao folhear encontrei uma anotação a lápis que havia feito na época que tinha lido o livro.

Anotação avulsa

Marizete era  baixinha, cabelos ruim, igual a seu gênio como diziam, sempre que apontavam para ela era com um risinho no canto da boca: - Ela têm o capeta no corpo.
O que lhe falta em altura sobra em braveza. E por aí à fora não faltava comentários.
Os colegas de trabalho da Marizete resolveram 'armar um churras' na casa de uma colega, a Valnete, branca como leite, dona de um par de coxas que mal cabia no par de calças do uniforme. Todos sabiam que Valnete fazia milagre para acondicionar tudo o que tinha em tão pouco pano.
O 'churras' estava animado e todos entornando suas 'brejas' goela abaixo e o pagode comendo solto.
Pagode de pobre termina invariavelmente em convulsão, pancadaria e vez ou outra no departamento de polícia. No animado balança-esqueleto não fugiu à regra, lá pelas tantas todos com o cu cheio de cachaça começa a troça geral e uma das vítimas foi exatamente 'o pequeno demônio'. Marizete não leva desaforo pra casa e desce do salto e a mão na cara de uma das popozudas de plantão, a Raimunda.
Confusão armada, Raimunda que já havia se encrencado com Marizete em outros tempos por causa de um motoboy que prestava serviço na empresa, não deixou por menos, agarrou pelos cabelos que Marizete levara horas alisando, entre tapas, arranhões e unhadas as duas rolaram pelo chão.
Ninguém se metia na confusão das duas colegas, homens presentes não se atrevia a separar as duas e as mulheres gritavam, também nada fazendo. O pequeno capiroto cresceu e mostrou suas garras, lanhando a cara da Raimunda e dando sopapos orelhas a torto e a direito.
Enquanto o tempo fechava, Valdete não perdeu tempo e se atracou com o marido da pequena Marizete num quartinho insalubre e fez o serviço completo não economizado nada. barba-cabelo-bigode e pentelhos.

Mais algumas palavras escritas de forma ilegível e fim. Não recordo de ter escrito isso, mesmo sendo a minha letra, e também não recordo qual parte do livro ou qualquer episódio tenha me inspirado a escrever isso.

Pequenas obscenidades II

Soldado do Exército

Não só nos bancos escolares aprontávamos todas à custas de boas gargalhadas, com o passar dos anos fatos e mais fatos contribuíram para boas gargalhadas.
Durante o período do Exército teve diversas histórias impagáveis, uma dessa era de um soldado que ao se arrumar ficava alisando a calça em frente ao espelho, mas o problema não era essa vaidade desmedida, era que a parte alisada. Virava de costa e alisava a região glútea várias vezes e sempre passava algum militar e dizia: - Esse cara fica no espelho olhando pra bunda e batendo 'punhenta ' pensando ai se eu te pego! ou ainda diziam: - Feia, mas gostosa. No que outro sacanamente perguntava: - Quem? Sua bunda!

Namoro de Fim de Semana

Uma colega de trabalho certa vez peguntou matreiramente se o meu final de semana havia sido bom, se tinha namorado muito.
Sacanamente respondi: - Mais do que queria e menos do que devia! 
A pobre garota perdeu as estribeiras e fechou a cara o resto da semana, talvez o marido da pobre garota havia feito o mesmo.

Essa garota gostava de fazer perguntas desconcertantes, no que respondia da mesma maneira. Outra vez me perguntou como fazia manter o peso.
Respondi maliciosamente:
- Têm três coisas que faz a pessoa pode fazer para emagrecer: regime, exercício e sexo. 
Ela: - Você engordou nos últimos tempos!
- É que não fazemos tudo isso sempre...

Mandioca

Trabalhar com certas pessoas é de embrulhar o estômago, de amargar mesmo , uma dessas pessoas é uma mulher solteirona que infelizmente tenho contato direto. Vez ou outra os ânimos se exaltam e é necessário respirar fundo para não perder as estribeiras.
Não tenho primazia de seus humores, um outro rapaz perde a paciência constantemente com ela. E após uma sessão de impropérios, o rapaz perdeu a compostura e disse nervoso:
- Mina, vou te dar uma mandioca! 
A solteirona quase caiu pra trás e não perdi a deixa, desse dia em diante sempre o chamo de 'feirante'

Essa mesma mulher em um de seus arroubos colocou seu nome na cadeira para que ninguém sentasse ,no que todos olharam e ficaram de cara de bobo sem entender nada, no que lembrei das molecagens do tempo da escola quando desenhavam obscenidades nas cadeiras. Quem sabe se desenhasse uma daquela figura ninguém sentasse em sua cadeira.
Outra colega rindo respondeu: - Engano seu, tem muita gente que vai querer sentar sim!

  



Pequenas obscenidades

Ao recordar os velhos tempos da escola muitas histórias vem à tona, algumas infantis e outras que chegam a impressionar pelo teor sacana que elas tem.
Algumas expressões dessa época me assalta de repente e desato num riso e cada vez mais outras histórias vem à mente.
Quando as molecadas queriam sacanear alguém ou alguma situação gritava em coro: - Vai rodar à banca!, ou seja, vai dar pra todo mundo.

Margarida

Certa vez,  Edgard, aluno gordinho e 'sarrista' havia faltado às aulas e como fazia quase uma semana sem dar as caras reunimos os garotos da sala e fomos à casa dele saber notícias. Chegando lá fomos recepcionados pela sua genitora que ficou emocionada com o carinho e prova de amizade dos garotos que estudavam com seu filho. Então, vendo nossa preocupação explicou o que havia acontecido: seu filho havia machucado quando tocava as partes íntimas num movimento bem conhecido, prendendo o pequeno amiguinho no zíper da calça jeans, como havia ficado vermelho e inchado levou-o ao médico, ficou até parecido uma margarida!
Entreolhamos e agradecemos a informação, depois de dar meia-volta e ir embora todos que estavam presentes desataram num riso e o pior estava por vim. No dia seguinte quando o Edgard chegou na escola e entrou na sala de aula todos os moleques batento na mesa começou a cantar: -Tão grande com um pequenininho, tão grande com um pequenininho, parece uma margarida!

O Inspetor

No intervalo das aulas os garotos se reuniam em circulo para ler o jornal "Notícias Populares" ou cantar algumas versões sujas de músicas ou músicas proibidas, como a tão famosa 'Teco do Tereco Teco', 'Gererê' e 'Vou fazer uma feijoada', cada um cantava um ponto. Nessa última música todos cantava um ingrediente ou utensílios a ser usado no preparo da tão famosa feijoada e não podia repetir o refrão e quando terminava e o aluno não tinha mais o que falar todos gritavam em uníssono: - Ele vai dar o rabooooo!!! Só que além disso, todos não falava de dar a 'orelha', esperando que eu cantasse isso, e quando acontecia rompiam num riso sem fim, afinal tinha orelhas de abano.
E quando começávamos com essa brincadeira o inspetor de alunos ticava tiririca da vida e mandava todos circular ou tomava o jornal ameaçando levar todos à diretoria e dar suspensão.

Carteira Escolar

Uma peraltices que os moleques faziam nos velhos tempos da escola era riscar as carteiras escolares, com desenhos de todo tipo, palavras e as chamadas 'colas' na hora das provas.
Um desses desenhos eram um 'pinto', geralmente feito na cadeira dos alunos que saia da sala e na volta sem ver a malandragem dos seus coleguinhas sentava em cima e a risada começava. Para evitar se a próxima vítima antes de sentar olhávamos e passava a borracha quando era feito à lápis e se fosse feito de caneta o caso era trocar a cadeira ou na falta de outra era riscar o desenho e sentar em cima.




A paixão da vida... II

Ao ler a "A Riqueza da Vida - Memórias de um Banqueiro Boêmio"(2006), de Armando Conde, faço uma viagem no tempo e volto ao tempo da escola, relembro de velhas paixões, além da gênese do meu peculiar gosto pelas artes e história. 
A responsável pelo meu eterno interesse pela história e seus personagens foi a professora Ana Maria Zacarelli de Andrade, excelente professora, que imprimia nos alunos a paixão pelo saber. Isso em uma escola pública de periferia que sabia das dificuldades enfrentadas pelos seus alunos para estar ali. Nada disso impedia essa professora de ministrar uma aula de qualidade, deixando muitas vezes a programação de ensino preconizado pelos ditames impostos e nos fazer ter olhar crítico da história e atualidade.
Em 1994, ano em que comecei a trabalhar tive que mudar de turma e estudar à noite, sendo outra professora que ministrou as aulas de história, algo engessado para dizer o mínimo de tão maçante, éramos obrigados a ler parágrafos e mais parágrafos e decorar para fazer as provas e nada mais. 
Justamente no ano em que aprenderíamos sobre a história do Brasil à partir do Golpe Militar de 1964, A outra professora não seguiu a programação, omitindo essa parte da história e quando o fazia era sempre dizendo o lado negativo de um governo militarista e nada mais.
Como a professora Ana Maria havia nos ensinados a não acreditar em tudo que é oficialmente ensinado, procurei ler matérias a respeito do assunto.
Li muitas coisas e o que impera é sempre a barbárie dos "porões da ditadura", mas como dizia Marques Rabelo: - 'Quem fala dela, passou por ela, tem portanto todo o empenho em desacreditá-la, em mostrar-se vítima'. Não que existe só inocentes ou só culpados, cada um deve procurar o que melhor lhe convém e é preciso atentar nas extremas sutilezas da vida.
Lendo o livro do banqueiro Armando Conde nos revela outra visão desse período, não aquele que é comumente dito em verso e prosa por todos. 
Problemas de toda ordem existia, também existia a vontade de um Brasil forte e coeso, organizado, e unido, tanto que o governo através de incentivo fiscal e grandes projetos tentaram modernizar o Brasil. Não vivi nesse período e o que sei é a respeito de leituras e mais uma vez volto a citar o Marques Rabelo; 'verá a pimenta que usam e a capacidade de seu rabo', então tudo isso é favas contadas e o que podemos aprender e não cometermos os mesmos erros do passado.
Livros assim dão a tônica verdadeira da história e seus personagens e não a história oficiosa que estamos acostumados. 
A cada capítulo fico impressionado com o autor, de forma desprendida vai tecendo sua história verdadeira, que chega a ser politicamente incorreta para os padrões atuais, mas a esse respeito cito o jornalista Apparício Torelly, o Barão de Itararé: 'Este mundo é redondo, mas está ficando chato'.

sábado, 7 de maio de 2016

A paixão da vida...

Em 1991, aos 12 anos de idade me apaixonei perdidamente por uma colega de sala de aula, naquele momento o mundo parou e só tinha olhos para aquela menina magra, sorridente e de fartos cabelos lisos, chamada Karina da Silva Gonçalves.
Foi dessas paixões que deixam marcas profundas, mesmo não sendo correspondido, descobri outras paixões que guardo até o momento.
Na época tinha "orelhas de abano" que foram corrigidas quando estava servindo o Exército, quase uma década depois sem gastar um vintém. Esse defeito na época da escola não tirava meu sono, tanto que achava elas charmosas e só fiz a cirurgia plástica pela insistência de colegas de caserna. 
Era alvo constante de sarro dos colegas de sala de aula e para não ficar por baixo mirava também nos defeitos alheios e retribuía as gentilezas recebidas. Com a Karina não era diferente, todos a chamavam de magricela, e o vento levou, graveto, etc. Como os demais, ela me chamava de dumbo, teco-teco, cabana, orelhão, entre outros apelidos. Coisa de moleques travessos que hoje todos conhecem como "bullying", que na época era somente sarro mesmo.
Nessa mesma época a Rede Globo de Televisão anunciou que iria reprisar o filme "...E o Vento Levou (Gone With the Wind - 1939)", e como esse era um dos seus apelidos malsã, resolvi assistir e caso não gostasse do filme nunca mais a chamaria assim.
Não conquistei a garota, mas o filme se tornou uma nova paixão e depois passei assistir todos filmes possíveis, de qualquer época e lugar. Um dia liguei a televisão e havia começado um filme em preto-branco, brasileiro, muito bem feito, outra paixão instantânea, era o filme "O Cangaceiro - 1953". 
Daí em diante tudo que se relacionava a filmes passei ter interesse, música, livro, teatro,  pintura, artistas e meu universo foi se alargando e com isso passei a compreender melhor a vida como um todo.
E nessa ânsia de eterna paixão busco conhecer cada vez mais, seja, através das artes ou do simples fato de observar pessoas comuns e seus dilemas. 
A leitura passou ser uma constante em minha vida, principalmente as biografias, com a qual aprendia através das experiências alheias e entender os dilemas que muitas vezes afligia minha alma. Biografias de famosos e anônimos passaram ser um bálsamo e alguns desses livros pararam em minhas mãos sem eu mesmo escolher, simplesmente aconteceram de adquirir e começar a leitura.
Um desses livros foi o já citado em crônica "Campinas, São Gotardo e Muitas Histórias", de Carlos Lodi, agora estou lendo um livro que encontrei em uma dessas feiras de rua - Livros na Cidade (www.livrosnacidade.com.br), "A Riqueza da Vida - Memórias de um Banqueiro Boêmio", de Armando Conde, ao qual paguei uma bagatela e mesmo assim pensei duas vezes antes adquirir. Li a orelha do livro e não foi o suficiente para prender minha atenção, só comprei pelas fotos, em especial a foto que o biografado está ao lado do último presidente militar João Figueiredo, um personagem icônico da nossa história.
No trajeto de casa iniciei a leitura e já na primeira página fui fisgado pela maneira suave e jovial como está escrito o livro, desde então não consigo parar de ler. 
A história moderna do Brasil sendo contada por um personagem sem pecha de historiador e já no  primeiro parágrafo dá o tom do discurso que iremos encontrar em cada capítulo: a arte de conversar.
Estou lendo bem devagar, como se ouve um amigo que não se vê há muito tempo...