Durante duas décadas tive algumas
experiências em setores trabalhistas diferentes, de contabilidade à farmácia,
segurança pública à privada e diga de passagem bem privada mesmo como diria
Danilo Gentili. Em todas essas experiências tive a primazia de pedir demissão,
em uma das Empresas que tive a oportunidade de trabalhar cheguei a fazer acordo
e continuar trabalhando e nesse tipo de acordo há a devolução de quarenta por
cento do fundo de garantia, um acordo entre cavalheiros.
Esse tipo de transação não é algo
correto, uma maneira de burlar as Leis trabalhistas e o governo e todos saem
ganhando de alguma maneira, o funcionário por sacar o fundo de garantia e o
patrão por ganhar os quarenta por cento desse mesmo fundo.
Durante alguns anos trabalhei com
uma mulher que desde o inicio de suas atividades se destacou pela qualidade do
seu trabalho, uma pessoa atenciosa, anotava todas as dicas que lhe era passada
e sempre pró ativa, o sonho de qualquer empregador. Mas tudo um dia finda e com
essa funcionária não foi diferente. Como havia prestado concurso público lá se
foi essa grande funcionária, porém para não prejudicá-la resolveram fazer o
acordo ao invés de ter que pedir demissão e assim todos sai ganhando.
Seria bom se fosse verdade, na
hora da devolução dos quarenta por cento acabou não acontecendo e a confusão
foi armada, os ânimos se alteraram e a indignação se fez presente.
Nada do que aconteceu me deixou
de cabelos em pé, em parte pelo “jeitinho brasileiro” de levar vantagem em tudo
e tanto faz que um dia se escracha. E, também como são as relações
patrão-trabalhador no dia a dia. Muitos funcionários descontentes aprontam tudo
que pode até não poder mais e são mandados embora e sacam o fundo de garantia
integralmente e recebe o tempo de casa, deixando para trás rastro de sujeira
que outros são obrigados a limparem. E
se baseando nessas pessoas que aprontam todas até conseguir o que querem e no
final se dão bem não achei absurdo a não devolução dos quarenta por cento do
fundo de garantia.
Honestidade foi à palavra que
mais ouvi nesses dias por causa da não devolução, e quando um mau funcionário
age de maneira errada até serem despedidos também não são honestos e isso
acontece continuamente e não causa celeuma como foi o caso da funcionária.
No ‘frigir dos ovos’ não sou a
favor de nenhum dos dois casos, creio sim que devemos levar em consideração o histórico
de cada funcionário e ser imparcial para que não haja injustiça, onde um mau funcionário acaba tendo mais benefícios
que um bom funcionário.
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