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quinta-feira, 22 de maio de 2014

SENÃO...

Durante duas décadas tive algumas experiências em setores trabalhistas diferentes, de contabilidade à farmácia, segurança pública à privada e diga de passagem bem privada mesmo como diria Danilo Gentili. Em todas essas experiências tive a primazia de pedir demissão, em uma das Empresas que tive a oportunidade de trabalhar cheguei a fazer acordo e continuar trabalhando e nesse tipo de acordo há a devolução de quarenta por cento do fundo de garantia, um acordo entre cavalheiros.
Esse tipo de transação não é algo correto, uma maneira de burlar as Leis trabalhistas e o governo e todos saem ganhando de alguma maneira, o funcionário por sacar o fundo de garantia e o patrão por ganhar os quarenta por cento desse mesmo fundo.
Durante alguns anos trabalhei com uma mulher que desde o inicio de suas atividades se destacou pela qualidade do seu trabalho, uma pessoa atenciosa, anotava todas as dicas que lhe era passada e sempre pró ativa, o sonho de qualquer empregador. Mas tudo um dia finda e com essa funcionária não foi diferente. Como havia prestado concurso público lá se foi essa grande funcionária, porém para não prejudicá-la resolveram fazer o acordo ao invés de ter que pedir demissão e assim todos sai ganhando.
Seria bom se fosse verdade, na hora da devolução dos quarenta por cento acabou não acontecendo e a confusão foi armada, os ânimos se alteraram e a indignação se fez presente.
Nada do que aconteceu me deixou de cabelos em pé, em parte pelo “jeitinho brasileiro” de levar vantagem em tudo e tanto faz que um dia se escracha. E, também como são as relações patrão-trabalhador no dia a dia. Muitos funcionários descontentes aprontam tudo que pode até não poder mais e são mandados embora e sacam o fundo de garantia integralmente e recebe o tempo de casa, deixando para trás rastro de sujeira que outros são obrigados a limparem.  E se baseando nessas pessoas que aprontam todas até conseguir o que querem e no final se dão bem não achei absurdo a não devolução dos quarenta por cento do fundo de garantia.
Honestidade foi à palavra que mais ouvi nesses dias por causa da não devolução, e quando um mau funcionário age de maneira errada até serem despedidos também não são honestos e isso acontece continuamente e não causa celeuma como foi o caso da funcionária.

No ‘frigir dos ovos’ não sou a favor de nenhum dos dois casos, creio sim que devemos levar em consideração o histórico de cada funcionário e ser imparcial para que não haja injustiça, onde um  mau funcionário acaba tendo mais benefícios que um bom funcionário. 

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