Nunca gostei de escrever, qualquer redação de 15 linhas, que as professoras de português solicitavam me deixava de cabelo em pé, nunca consegui atinar nada com nada. Fui um bom leitor, sempre gostei de ler, matar minha curiosidade foi sempre e continua sendo o meu forte. História era a matéria que era apaixona e continua sendo.
Escrever é difícil, colocar no papel o que entendi, explanar sem ser repetitivo e não cometer erros de português foi e continua sendo uma constante para o meu bloqueio. Mas lembro do que diziam as minha professoras de português – só se aprende fazendo – ainda não consegui aprender!
De lá pra cá muitas águas rolaram, a internet surgiu e ficou popular, como gosto de ler, sempre me deparo com absurdos de todo tipo, então perdi a vergonha dos meus erros, já que será mais um absurdo .
Minhas notas nas redações eram sempre medianas, somente uma vez tirei a melhor nota da sala, não que minha redação fosse a melhor, era um tanto infantil e estéril, mas o tema não fazia jus a mais do que isto.
Tirar a melhor nota da sala foi analisar o tipo de livro que tive que ler naquele semestre e o perfil da professora, com essas informações fiz a redação nesse padrão, tirei a nota maior, descontando os erros de português.
Outro grande problema era a falta de vivencia para explanar um assunto, como poderia falar de algo que mal conhecia, não conseguia dar uma opinião a respeito de nada que fosse longe da minha realidade ou que acredita não fazer parte dela.
Com o passar do tempo vi que nada do que acreditava estar longe de mim fazia e continua fazendo parte da minha vida, nada acontece por acaso, tudo está interligado, desde uma guerra no Oriente Médio ao buraco no asfalto da minha rua.
Exageros à parte, pude perceber que o tempo me ajudou a deixar de ter uma visão micro para uma macro.
Quando adolescente, infelizmente, não conseguia entender o que a professora queria chegar. Havia uma falta de comunicação, não entendia nada o porque falar da primavera, férias escolares ou outras bobagens da época, poderíamos dissertar sobre temas que estavam na mídia, política, entre outros.
Com certeza também não iria funcionar, não tinha o conhecimento sobre o assunto.
Sempre ouvi dizer que o leitor é sempre um bom escritor, duvido!, escrever demanda um conhecimento de novas palavras e uma clareza de entendimento muito grande e tem que ter desenvoltura para o texto não se tornar massante. Ler basta de ter atenção e ser curioso, claro que quem lê mais fica familiarizado com tudo isso, receber é sempre prazeroso, colocar a mão na massa é sempre trabalhoso.
Gosto de ler os livros do Machado de Assis, Nelson Rodrigues e Raduan Nassar, cada um com estilo diferente, o Nelson na escrita é o mais popular, Machado de Assis é muito acadêmico e o Raduan Nassar é o mais emblemático. Cada um no seu estilo, mas jamais conseguiria ter a competência de cada um deles.
Escrever tornou se diferente na era da internet, erros de português não é o fator determinante de um bom texto e sim sua clareza de idéias, antes era o conjunto completo, ficou mais pobre, mas enriqueceu no conteúdo.
Não passei a gostar de escrever, escrevo para aprender a gostar, a frase das professoras tocou forte em mim, sei que é lugar comum certas frases, mas ditos populares tem sempre um fundo de verdade.
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