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sábado, 11 de junho de 2016

Escândalo e Infantilidade

Onde está o senso de humor das pessoas. O que está acontecendo com o sério e com o idiota, onde começa um e termina o outro, parece que perderam o 'jeito' para fazer a 'coisa' de maneira como era feito antes. Áureos tempos do jornal "Notícias Populares" que fazia isso de maneira profissional, agora temos um bando de amadores metidos a sabichões e que ainda por cima colocam uma aura de seriedade a uma série de notícias idiotas que não passariam de roda pé de pasquim de péssima qualidade.
Usar horário nobre para discutir o caso do cantor MC Biel e uma jornalista ou mesmo co-relacionar as idiotices que esse cantorzinho falou para a jornalista com o grave problema que é o abuso sexual sofrido pelas mulheres é de uma ignorância tão grande e sem sentido. Uma vez que as letras cantadas por grande parte desses MCs é de uma baixaria da pior espécie.
A opinião desse cantor não difere em nada das letras dos funks proibidos que eles  ouvem ou cantam e menos novidades para a tal jornalista, que pelas perguntinhas que havia feito estava longe de uma profissional preocupada em saber como era a criação e qual a importância desse segmento no cancioneiro popular e sua influência na juventude que terá acesso a esse tipo de música. Pelo contrário estava mais preocupada em querer saber da fama sexual do cantor e quando ouviu impropérios ficou ofendida.
Não acredito que ela seja tão boba que não sabia o universo a qual participa esses jovens cantores e suas letras tão depreciativas, sobretudo com as mulheres. Caso ela não conhecesse, caberia fazer o que muitos chamam de lição de casa, estudar antes. Nada justifica a grosseria do rapaz e também o papel de vítima da jornalista. 
Não seria prudente entrevistar alguém se não conhecemos o mínimo do que ele é e faz e antes de mais nada a história do próprio jornalismo.
Sem ser saudosista tenho saudades dos bons e velhos tempos que podíamos ler o velho jornal "Notícias Populares" e dar risada, onde sabíamos separar o sério do não sério. Infelizmente o brasileiro perdeu o que mostrar e como mostrar, separar uma notícia séria de qualquer idiotice.
Entrevistar um cantorzinho de funk é pedir para ouvir idiotices e impropérios. Querer levar isso como algo sério é muito infantil. 

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