Tem algumas coisas que não tem explicação, simplesmente acontecem.
Algumas tragédias deixam todos consternados e procuramos de alguma maneira aliviar a carga que se abate sobre as pessoas em vã tentativa. Não será com perícia ou um simples abaixo-assinado que não chegou acontecer vai tirar a dor e deixar as pessoas mais felizes.
Acompanhando pela televisão e jornal a tragédia que se abateu com os universitários na Mogi-Bertioga, alguns questionamentos vem à mente.
Primeiro as condições físicas do transporte, as condições da estrada e do tempo, uma vez que é uma região bem característica pela neblina. Assisti a várias reportagens e todas pontuadas pelo sentimento de perda e dor pelas vítimas e também de revolta e em alguns casos de culpa, ou melhor, de achar um culpado pela tragédia.
Um dos parentes de uma vítima apontou o condutor como sendo imprudente e logo em seguida foi divulgado um 'abaixo-assinado' para tirar o motorista da linha. O documento ainda estava em branco e não possuía o nome do motorista. Entrevista dizem que alguns alunos não gostava do motorista e que desejava que ele não ficasse mais fazendo esse trajeto.
Durante o velório de uma das vítimas seu irmão foi entrevistado por uma emissora de televisão e disse que sua irmã havia discutido com o motorista só porque queria descer em determinado lugar e o motorista não havia concordado, ponderando que só poderia deixá-la em certo lugar.
Não defendendo o motorista, uma vez que não estava lá e muito menos conhecia os autores da contenda, mas das coisas que mais desestabiliza um profissional é discussão.
Meu pai ganhou o sustento da família atrás de um volante e não gostava de trabalhar em linha urbana porque o abuso dos passageiros eram alarmantes. Preferindo fazer viagens rodoviárias sendo que o respeito dos passageiros era maior.
Por crescer vendo essa realidade e com a entrevista do parente de uma das vítimas é até natural que além das dificuldades natural da estrada e algum possível problema mecânico o lado psicológico possa também ter influenciado no acidente.
O parente ainda disse que a tal vítima havia dito antes que não teria ido a faculdade dois dias antes para não morrer na estrada e que naquele fatídico dia teria que ir para entregar o trabalho final.
Isso me faz lembrar um fato estranho que aconteceu comigo quando estuda, certa vez estava voltando do curso de química e um rapaz que estava próximo da porta de saída do ônibus, sem querer encostou a mão na minha cabeça, de repente senti um sono profundo, tão pesado que minhas pálpebras não conseguia se levantar, uma energia poderosa havia me subjugado. O rapaz ainda pediu desculpas e descemos quando o ônibus parou no ponto e praticamente juntos atravessamos a avenida.
Um carro grande passou por nós e ficou olhando feio, entrou na próxima rua e quando descíamos uma rua paralela esse carro parou e saiu alguns homens armados e mandou o rapaz parar, revistando-o e jogando-o dentro do carro e saindo em disparada.
Fiquei branco e andei rápido sem olhar para trás e comentei o ocorrido em casa. Nunca tinha passado por tal experiência e até aquele momento não acreditava que a energia negativa de uma pessoa poderia me atingir do jeito que me senti e o que aconteceu logo a seguir só comprovou que o rapaz trazia consigo essa energia negativa. Outros fatos posteriores fez-me crer que existe sim energia e que podemos ser influenciados por elas.